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Festas juninas esquentam a economia e devem movimentar cerca de R$ 6 bilhões neste ano

Reprodução Instagram

As festas juninas de 2023 devem ter uma das maiores movimentações econômicas e de público dos últimos anos. Segundo dados do Ministério do Turismo divulgados neste mês, as festividades dos santos Antônio, João e Pedro, além de preservarem a cultura popular, devem movimentar mais de 26,2 milhões de pessoas e arrecadar cerca de R$ 6 bilhões pelo país afora. O número é 76% maior do que o contabilizado no ano passado, quando houve um retorno financeiro de mais de R$ 3,4 bilhões. De norte a sul do país, o sucesso das festas juninas — embaladas pelo forró e outros ritmos populares, nos mais variados “arraiás”— esquenta a economia nacional .  

 Além da alegria que contamina as pessoas ao redor das fogueiras e quadrilhas de São João, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, destaca que a época das festividades juninas traz muita prosperidade para o interior do país. Ela ressalta o esforço para consolidar cada vez mais esse período. “Essas festas garantem uma expressiva movimentação econômica, principalmente no interior do país, gerando emprego e renda para toda a cadeia turística local, desde a hotelaria até os produtores rurais, que aumentam suas vendas com a oferta de produtos típicos. Estamos trabalhando para fortalecer e estruturar esses festejos para que eles sejam produtos turísticos potentes”, explicou.

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Cidades mais procuradas
Várias cidades nordestinas apresentam grandes expectativas de renda e pública para este período. Em duas das principais festas juninas do Brasil, Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), a estimativa é de 5,7 milhões de pessoas curtindo as festas, o que deve movimentar mais de R$ 1,1 bilhão em arrecadação. Em Mossoró (RN), a expectativa é que o público chegue a 1 milhão e que as festividades movimentem R$ 140 milhões na economia local. Já em Petrolina (PE), 800 mil pessoas devem gerar R$ 275 milhões. Entre os estados nordestinos que devem ter as maiores movimentações por causa dos  festejos juninos estão, além de Paraíba, Pernambuco, estão ainda  Sergipe, Ceará, Maranhão e Bahia —  que este ano apresenta muitas atrações artísticas também na capital, Salvador.

O músico Felipe Rodrigues, que há mais de 15 anos realiza um trabalho voltado à cultura nordestina, com forró pé de serra, vive no Distrito Federal mas está passando uma temporada no  Bahia para se apresentar nas festividades juninas na região de Irecê, no sertão. Ele conta como esta época é intensa para quem faz a festa acontecer. “Neste período a gente tem uma agenda bem intensa mesmo em relação aos contratos. As apresentações chegam a ser quatro vezes maiores do que a quantidade de contratações do período normal. Por final de semana e por dia também. Tem dias no final de semana que  temos quatro e até cinco shows, que a gente chega a fazer nesse período de São João”, ressaltou.

Fora do principal eixo de celebrações juninas, as festas também devem movimentar o turismo e a economia. No norte do país, em Parintins (AM), o governo estadual espera movimentar 100 mil pessoas e R$ 105,8 milhões no evento que acontece entre 30 de junho e 2 de julho. Em Minas Gerais, o esperado pelo governo do estado é dobrar a movimentação registrada no ano passado e chegar a 6 milhões de pessoas durante o mês. O estado é conhecido por festas com características únicas, com destaque para as procissões e o hasteamento de bandeiras em mastros próximos às igrejas, com imagens dedicadas aos santos Antônio, João e Pedro.

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