Outra vantagem é que a planta cresce bem em regiões de clima quente e semiárido
O feijão-de-corda (Vigna unguiculata) é uma fonte excelente de proteínas (até 58%), fibras alimentícias (até 36%) e minerais (até 5%), especialmente ferro e zinco.
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Feijão-de-corda gera alimentos industrializados de alta qualidade
Outra vantagem é que a planta cresce bem em regiões de clima quente e semiárido, onde outras leguminosas não apresentam desenvolvimento satisfatório. Isto torna o feijão-de-corda uma excelente opção nutricional para as populações dessas áreas.
Pesquisadores da Embrapa (Meio-Norte, no Piauí, e Agroindústria, no Rio de Janeiro), em parceria com a Universidade Federal do Piauí, se propuseram então a explorar o uso dessa variedade de feijão para a fabricação de produtos de consumo mais fácil e durabilidade maior.
Um dos processos desenvolvidos envolve a extrusão, processando o feijão-de-corda combinando pressão, calor e cisalhamento mecânico, seguido por desidratação. Isso gera uma expansão do feijão, que pode então ser aproveitada para mudanças na forma, estrutura e composição. O resultado são produtos prontos para o consumo, incluindo biscoitos tipo wafer, cereais expandidos e salgadinhos.
Os grãos da variedade BRS Tumucumaque, por sua vez, foram descorticados e moídos, produzindo uma farinha, pronta para consumo e preservando os valores nutricionais do feijão-de-corda.
O estudo revelou ainda a viabilidade da produção de extrusados a partir dessa farinha de feijão-de-corda, resultando na oferta de um alimento conveniente e nutritivo, além de uma alternativa de agregação de valor à produção agrícola.
Todos os processos já foram aprimorados e delineados, permitindo sua aplicação pela indústria.