Fernando Pereira ficou em terceiro lugar em São Miguel dos Campos
O clã da família Pereira saiu abalado das eleições municipais de 15 de novembro. Em três das cinco cidades onde lançaram candidatos, os Pereiras, comandados por Joãozinho Pereira, só conseguiu eleger sucessores em Campo Alegre e Teotônio Vilela.
Sem permissão para participar das eleições, por responder processos na Justiça, Joãozinho Pereira (MDB), coordenou as campanhas em Teotônio, Junqueiro e São Miguel dos Campos, onde sofreu sua pior derrota, ficando em terceiro lugar, com uma diferença de quase 3 mil votos (2.980) para o prefeito eleito, George Clemente (MDB).
Em São Miguel, onde deu o pontapé inicial com uma forma nada passiva de fazer campanha, o líder Pereira baixou o nível já no primeiro evento político, ao lançar o irmão (Fernando) e chamar o atual prefeito, Pedoca Jatobá de ‘cachorro’.
Daí para frente só piorou a situação, atacando seus adversários com acusações infundadas, inclusive contra o médico Benildo Chagas, de quem recebeu como reposta um vídeo de indignação, onde o, agora eleito vice-prefeito, fez uma comparação entre ele JP (e seu pai, falecido, João José) e pediu respeito, “preserve a memória de seu pai”, “e me respeite Joãozinho”, disparou Chagas.
Em Junqueiro, onde também foi alvo de altas críticas após atacar, de forma agressiva, seus adversários com sua peculiar forma de fazer política, JP perdeu a eleição apoiando Carlos Augusto (MDB), para Leandro Silva, com uma diferença de 1.367 votos.
Em Palestina, onde lançou sua mulher, Izabelle Alcantara, Joãozinho também recebeu um ‘não’ do povo, e perdeu a eleição para Jaime do Mercado (Republicanos), com uma diferença de 350, num eleitorado de pouco mais de 4 mil votos.
A intenção de Jãozinho, que atualmente tem bens bloqueados por processos na Justiça, parece que não vingou e o suposto objetivo de ‘lotear politicamente’ as cidades da região, além das que já controla – Campo Alegre e Teotônio, onde elegeu seus primos – ao menos dessa vez não se concretizaram.