Extremos de temperatura, principalmente frias, aumentam casos de AVC

Por: Redação / Diário da Saúde  Data: 16/05/2024 às 10:50

Pesquisadores analisaram 30 anos de registros de saúde de mais de 200 países e territórios

Extremos de temperatura, principalmente frias, aumentam casos de AVC
Extremos de temperatura, principalmente frias, aumentam casos de AVC

As mudanças climáticas não nos afetam apenas por meio de inundações, secas ou extremos de temperatura: Cientistas encontraram uma associação das mudanças do clima com o aumento da mortalidade e da incapacidade por acidente vascular cerebral em várias regiões ao redor do mundo.

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Extremos de temperatura, principalmente frias, aumentam casos de AVC

Os dados de três décadas revelaram que as temperaturas não ideais – aquelas acima ou abaixo das temperaturas associadas às taxas de mortalidade mais baixas – estão cada vez mais associadas à morte e incapacidade devido a acidente vascular cerebral.

“As mudanças drásticas de temperatura nos últimos anos afetaram a saúde humana e causaram preocupação generalizada,” disse Quan Cheng, da Universidade de Changsha (China). “Nosso estudo descobriu que essas mudanças de temperatura podem aumentar a carga de AVC em todo o mundo, especialmente em populações mais idosas e em áreas com mais disparidades nos cuidados de saúde.”

Extremos de temperatura e AVC
Os pesquisadores analisaram 30 anos de registros de saúde de mais de 200 países e territórios, olhando o número de mortes por AVC e a carga de incapacidade relacionada ao AVC devido a temperaturas não ideais. Curiosamente, a associação mais forte veio com temperaturas muito baixas, ou seja, com ondas de frio.

A taxa de morte por acidente vascular cerebral devido a mudanças de temperatura para participantes do sexo masculino foi de 7,7 por 100.000, em comparação com 5,9 por 100.000 para participantes do sexo feminino. Em termos de regiões, a Ásia Central teve a maior taxa de mortalidade por acidente vascular cerebral associada a temperaturas não ideais, com 18 por 100.000. Em termos de países, a Macedônia do Norte teve a taxa de mortalidade mais elevada, com 33 por 100.000.

Este estudo, contudo, precisa ser visto com bastante cautela. Primeiramente, ele não prova que as alterações climáticas causem AVC, apenas mostra apenas uma associação. E, principalmente, os pesquisadores não examinaram outros fatores de risco, como pressão alta e níveis elevados de colesterol, sabidamente envolvidos com casos de AVC.

Extremos de temperatura, principalmente frias, aumentam casos de AVC