Um simples exame de sangue para diagnosticar a doença de Alzheimer poderá em breve substituir métodos de rastreio mais invasivos e caros, como punções lombares e tomografias cerebrais.

O exame de sangue usa uma técnica altamente sensível para medir os níveis de proteínas chamadas tau, associadas à doença de Alzheimer, que se encontram no sangue. Um estudo comparativo mostrou que o exame de sangue pode ser tão bom na detecção dos sinais moleculares da doença de Alzheimer no cérebro quanto os testes do líquido cefalorraquidiano aprovados nos EUA para o diagnóstico da neuropatologia.
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Exame de sangue detecta Alzheimer tão bem quanto exames cerebrais
A presença das placas de proteínas beta-amiloide no cérebro altera os níveis de várias formas das proteínas tau, estas tanto no cérebro quanto no sangue. O teste consiste em medir a proporção de tau-217 fosforilada (ptau-217) e tau não fosforilada no sangue, de modo a ter um indicador dos níveis de amiloide cerebral sem ter que mexer no cérebro.
Os resultados demonstram que o exame de sangue permite diagnosticar o Alzheimer com tanta precisão quanto os testes do líquido cefalorraquidiano e as tomografias cerebrais, mesmo em pacientes com sintomas leves, e pode ser usado para detectar sinais moleculares da doença de Alzheimer no cérebro mesmo quando os sintomas ainda não surgiram.
"Num futuro próximo, este tipo de exame de sangue substituirá a necessidade de testes de imagens PET e de líquido cefalorraquidiano dispendiosos e menos acessíveis em clínicas especializadas em memória," disse o professor Oskar Hansson, da Universidade de Lund (Suécia). "Em seguida, precisamos determinar se o exame de sangue para Alzheimer também funciona nos cuidados primários. Isto está sendo investigado na Suécia."
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