Se você trabalha sentado o dia inteiro, em frente a uma tela de computador, sem se movimentar com frequência, é preciso repensar ou adaptar a rotina.
Para evitar problemas de saúde que impactam o coração, o tempo máximo de horas sedentárias por dia é de 10,6 horas, segundo nova pesquisa liderada por cientistas do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos.
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Este é o máximo de horas que podemos ficar sentados e evitar problemas de saúde
O tempo máximo de horas que podemos ficar sentados ou deitados (sem estar dormindo) foi baseado na análise de dados de saúde de quase 90 mil britânicos, que usavam rastreadores de atividade. Neste processo, um algoritmo de aprendizado de máquina foi utilizado para classificar o comportamento sedentário. O estudo foi publicado na revista Journal of the American College of Cardiology.
“Nossos dados confirmam a ideia de que é sempre melhor sentar menos e se movimentar mais para reduzir o risco de doenças cardíacas”, afirma Shaan Khurshid, coautor sênior do estudo, em nota. Entre as doenças que podem se tornar mais comuns, está a insuficiência cardíaca (quando o coração não bombeia o sangue como deveria).
O problema de ficar muito tempo sentado
No estudo, os pesquisadores realizaram associações entre o tempo diário gasto sentado e o risco futuro de quatro problemas cardiovasculares comuns:
- Fibrilação atrial (tipo de arritmia cardíaca);
- Infarto do miocárdio (ataque cardíaco);
- Insuficiência cardíaca;
- Morte por causas cardiovasculares.
Segundo os autores, o comportamento excessivamente sedentário (mais de 10 horas sentado) estava associado a riscos mais altos de todas as complicações que envolvem o coração. Este risco era 40% a 60% maior de insuficiência cardíaca e morte cardiovascular quando a pessoa excedia as 10,6 horas diárias de inatividade.
Dá para compensar o tempo sedentário?
Embora os exercícios físicos sejam fundamentais para uma vida saudável e longeva, os cientistas observaram que realizar semanalmente mais de 150 minutos de atividade física em intensidade moderada ou vigorosa pode não ser o suficiente para compensar os longos períodos sentados, em estado de inatividade.
“Embora a atividade física moderada a vigorosa (AFMV) aderente às diretrizes [da Organização Mundial da Saúde] atenue parcialmente o excesso de risco, a redução do comportamento sedentário parece ser importante mesmo entre indivíduos fisicamente ativos”, afirmam os autores, no artigo.