O viveiro do Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA) foi cenário para um dia emocionante e uma sensação de retorno ao lar. É que nesta quarta-feira (8), papagaios da espécie Amazona rhodocorytha, popularmente conhecido por chauá, chegaram em Alagoas e vão poder retornar ao habitat natural. As 60 aves são vítimas do tráfico de animais e fazem parte da lista das espécies ameaçadas de extinção.
Os animais, ao chegarem, receberam os primeiros cuidados e logo foram soltos no viveiro que será o lar provisório das espécies, durante o período de adaptação e a articulação para a futura soltura na natureza.
A ação tem a coordenação do IPMA em conjunto com o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL), Secretaria de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Semarh), Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA/AL), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Além de diversas empresas do setor privado que estão apoiando a causa.
Na ocasião, Fernando Pinto, presidente do IPMA, se emocionou ao falar acerca da reintrodução das aves na Mata Atlântica alagoana e dos impactos positivos que essa ação traz a biodiversidade do Estado. “Essa ação é mais um grande desafio, mas que será possível com a ajuda das instituições e organizações envolvidas. Ressalto, ainda, a importância dessas espécies para o Estado e afirmo que é só o começo de muitas ações que virão”, destaca Fernando.
Ainda no mesmo dia, as Instituições e órgãos envolvidas participaram de uma reunião para alinhar os próximos passos e discutir sobre o plano de ação estadual, que será um grande passo para o desenvolvimento de protocolos, disposição de responsabilidades entre os envolvidos e o mais aguardado, que é a soltura desses animais às Unidades de Conservação (UCs) de Alagoas.
Rafael Cordeiro, médico veterinário e consultor ambiental do IMA/AL, explica que o plano de ação vai identificar e apontar as medidas necessárias para a manutenção dessas espécies. “Todos esses esforços são de extrema importância para a conservação e preservação dessas aves”, destaca o veterinário.