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Dirigente do MST é sequestrado e assassinado a tiros

Reprodução
Ênio Pasqualin estava em sua casa, com sua família, quando foi surpreendido por um grupo armado, que o sequestrou

O dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná, Ênio Pasqualin, foi assassinado a tiros entre a noite de sábado (25) e a manhã do domingo (26), em Rio Bonito do Iguaçu, cidade do interior do estado onde vivia com sua família.

De acordo com o MST, Ênio estava com a família em sua casa, no Assentamento Ireno Alves dos Santo, quando foi surpreendido por um grupo armado que invadiu sua residência e o sequestrou utilizando o carro do próprio militante.

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Segundo a Polícia Militar, que foi à casa de Pasqualin logo após o sequestro, sua esposa relatou que o grupo chegou a pé, efetuou disparos no local, roubou documentos, celulares e outros objetos pessoais e, finalmente, saiu com o dirigente em sua caminhonete.

Agentes da polícia, então, realizaram patrulhamento nas imediações mas os sequestradores não foram encontrados. Já na manhã deste domingo (25), o corpo de Pasqualin foi encontrado em uma estrada rural da cidade.

Policiais agora trabalham para localizar os autores do crime e trabalham com motivação política para o assassinato, já que o militante, segundo sua esposa, vinha recebendo ameaças em áudios no WhatsApp.

Em nota, o MST lamentou a morte do dirigente e cobrou uma resposta das autoridades. “Tiraram a vida de um pai, de um marido, deixando suas duas filhas, o filho e a esposa com uma dor inexplicável. À família e aos companheiros e companheiras enlutados os mais profundos sentimentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Cobramos o esclarecimento dos fatos, a investigação e prisão dos envolvidos. Aos nossos mortos nenhum minuto de silêncio, mas uma vida toda de luta!”, diz o texto.

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, que é deputada federal pelo Paraná, também se manifestou sobre a morte de Pasqualin. “Há tempo a violência no campo é realidade no Paraná. Com a eleição de Bolsonaro e Ratinho Jr as coisas só pioraram”, disse a parlamentar.

“As ameaças de despejo são frequentes na Justiça e contra a vida de militantes, por parte de fazendeiros. O governo do PR tem obrigação de manifestar sobre o crime, apurá-lo e garantir segurança aos militantes da Reforma Agrária”, completou a petista.

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