Caso aconteceu em Eldorado, no interior de São Paulo
Um menino autista de 6 anos ficou quase 2h preso sozinho em um ônibus escolar após ser esquecido dentro dele. O caso aconteceu em 24 de junho, na cidade de Eldorado (SP).
Receba as notícias do AlagoasWeb no seu WhatsApp
Criança autista é esquecida e passa 2 horas trancada em ônibus escolar
A mãe da criança, Cecília Ribeiro, contou que embarcou o filho no coletivo com destino à escola municipal Lilia Viana de Almeida. Entretanto, o menino não desceu do ônibus, pois estava dormindo na hora do trajeto.
Com isso, ele foi esquecido entre o período da 7h e 9h, que foi quando ouviram os pedidos dele por socorro.
A mãe também relata que só ficou sabendo do ocorrido cerca de duas horas depois. Para ela, os profissionais colocaram a vida da criança em risco e agiram de forma irresponsável.
Segundo Cecília, o homem que viu o filho menino por socorro afirmou que ele estava roxo e suado dentro do veículo. “Para a gente, que é adulto, ficar preso em algum lugar já é terrível e traumatizante. Imagina para uma criança acordar e não ter ninguém ali”, afirmou.
Para ela, o desfecho da situação teria sido pior caso o filho tivesse ficado por mais tempo no veículo. “Se ele passasse mais 1h lá dentro com certeza estaria fazendo o velório do meu filho, ele teria morrido ou desmaiado. É complicado. Foi colocada em risco a vida do meu filho”.
Segundo Cecília, o menino ficou traumatizado com a situação. “Ele chegou da escola assustado, falando que tinham deixado ele preso dentro do ônibus e que me chamou e eu não ouvi”, conta.
Vale lembrar que a criança está diagnosticada no Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sendo assim, ela podia entrar em crise – desencadeada pelo estresse e pelo calor – caso não fosse socorrida a tempo.
A mulher registrou o caso na delegacia e espera que os responsáveis sejam encontrados e as previdências tomadas. O caso foi registrado como abandono de incapaz.
“Em momento algum acionaram o Conselho Tutelar ou ligaram para mim, que sou responsável pela criança. Foi uma sucessão erros. A escola deveria ter me chamado lá no momento em que ele chegou com o motorista para eu dar acolhimento ao meu filho”, disse.