Caminhoneiros participam do terceiro dia de manifestações a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em estradas de várias partes do Brasil. Há interrupções em pelo menos dois Estados – Mato Grosso e Rondônia – e foram identificados pontos de manifestação sem bloqueio no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Paraná.
No começo da tarde de ontem (10), o Ministério da Infraestrutura informou que apenas três Estados seguiam com pontos de concentração de caminhoneiros em rodovias federais. Em sua live semanal, realizada na quinta-feira, 9, Bolsonaro falou sobre o tema, dizendo ter sido informado pelos caminhoneiros de que o protesto acabaria no domingo, 12. O presidente disse ainda que, caso os atos continuem, pode haver problema de reabastecimento em diferentes Estados.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta sexta-feira, 10, a comentarista Bruna Torlay falou sobre as paralisações, dizendo que os caminhoneiros que tinham pautas semelhantes às do ato de 7 de setembro já se dispersaram e que, dependendo de quais forem as pautas dos que ainda estão nas ruas, a briga pode se voltar “contra os governadores”.
A comentarista disse que: “É preciso separar aqueles caminhoneiros que se colocaram claramente contra os abusos do STF e que chegaram até a cercar o prédio em Brasília e aqueles que estão com reivindicação pelo preço do combustível que torna inviável sua rotina de trabalho. Quais são as reivindicações destes que ainda estão parados? Porque aqueles que tinham insatisfações parecidas com as de quem foi às ruas no dia 7 de setembro, esses aparentemente conversaram com o presidente. A questão é: a gente sabe que as lideranças são dispersas entre os caminhoneiros, que as pautas são muitas e que os motivos que os fazem parar são distintos. E ai a briga pode se voltar contra os governadores, levando em conta que abaixar um pouco o preço do ICMS já tem o impacto, ainda que pequeno, no combustível. Talvez a gente tenha um pouco mais de tempo, dependendo de qual seja a reivindicação de quem ainda está na rua”, analisou Torlay.