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Cientista bate recorde mundial por viver 74 dias embaixo d’água

Reprodução Instagram

No sábado (13), o cientista norte-americano Joseph Dituri, de 55 anos, quebrou o recorde mundial de quem vive mais tempo embaixo d’água, após passar 74 dias em uma base submersa numa lagoa no sudeste dos Estados Unidos. Apesar do marco, o professor da Universidade do Sul da Flórida (USF) espera completar pelo menos 100 dias submerso a uma profundidade de cerca de nove metros.

Antes de mergulhar de cabeça no projeto Netuno 100, Dituri já foi mergulhador profissional da Marinha dos EUA. Ele também é popularmente conhecido por sua paixão pelos mares, sendo apelidado de Dr. Deep Sea (Dr. Mar Profundo).

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https://twitter.com/drdeepsea/status/1657664978256625666

“A curiosidade pela descoberta me trouxe até aqui”, tuitou Dituri na manhã de domingo (14), após bater o recorde — até então, o tempo máximo foi de 73 dias. “Meu objetivo desde o primeiro dia foi inspirar as gerações vindouras, conversar com cientistas que estudam a vida submarina e aprender como o corpo humano funciona em ambientes extremos”, comenta.

Viver embaixo d’água e os impactos na saúde
Embora o fato seja curioso por si só, o atual projeto Netuno 100, organizado pela Marine Resources Development Foundation, tem como objetivo entender o impacto da pressão extrema das águas no organismo humano. Uma das hipóteses é de que a saúde do cientista melhorará devido ao aumento da pressão subaquática.

“Os efeitos físicos e mentais de ficar por um período tão prolongado no ambiente subaquático [cerca de 100 dias] serão monitorados por uma equipe médica, que fará visitas regulares ao alojamento e submeterão Dituri a uma bateria de testes, incluindo exames de sangue, ultrassom e eletrocardiograma”, descreve a página oficial do experimento.

Além disso, serão coletadas informações sobre a qualidade do sono, a concentração da vitamina D e até os níveis de cortisol, apelidado como o hormônio do estresse, do cientista e mergulhador, durante o experimento.

Bem-humorado, Dituri tuitou no dia primeiro de abril, também conhecido como o dia da mentira, que estava desenvolvendo “pré-brânquias” no pescoço e membranas entre os dedos, como se o ambiente o estivesse transformando em um peixe. Até uma foto (grosseiramente) editada, ele compartilhou para tornar a brincadeira mais real:

https://twitter.com/drdeepsea/status/1642067331403636737

O cientista está sozinho no experimento subaquático?
O experimento literalmente imersivo só deve ser encerrado no dia 9 de junho, daqui a 25 dias. No entanto, o cientista não está sozinho. Além da vida aquática próxima do Jules Undersea Lodge, na Flórida, Dituri recebe eventualmente algumas visitas, incluindo adolescentes e jovens interessados no curioso experimento. Até mesmo uma pseudo-sereia já foi visitá-lo:

Enquanto participa do experimento Netuno 100, Dituri não abandou o seu cargo como professor da área de engenharia biomédica e segue lecionando para os alunos da USF, mesmo que de forma remota.

Fonte: Marine Resources Development Foundation (1) e (2)

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