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Celular mede nível de oxigênio no sangue tão bem quanto oxímetro

Valter Campanato/EBC

Quando inspiramos, nossos pulmões capturam o oxigênio do ar, que é distribuído aos glóbulos vermelhos para ser levado por todo o corpo.

E pessoas saudáveis têm pelo menos 95% de saturação de oxigênio no sangue o tempo todo.

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Condições como asma ou covid-19 tornam mais difícil absorver oxigênio dos pulmões, o que leva a porcentagens de saturação de oxigênio de 90% ou menos, uma indicação de que é necessária atenção médica.

Os médicos monitoram a saturação de oxigênio usando oxímetros de pulso, aqueles clipes que a enfermeira coloca na ponta do dedo ou na orelha.

Mas pode haver maneiras mais fáceis de monitorar a sua própria saturação de oxigênio, e fazer isto o tempo todo ou na hora que você quiser.

Pesquisadores demonstraram que um oxímetro baseado em um telefone celular é capaz de detectar níveis de saturação de oxigênio no sangue tão baixos quanto 70% – este é o valor mais baixo que os oxímetros de pulso devem ser capazes de medir para serem aprovados pelas autoridades de saúde.

A técnica envolve colocar o dedo sobre a câmera e o flash do celular, que então usa um algoritmo de inteligência artificial para decifrar os níveis de oxigênio no sangue.

O aplicativo foi testado em condições hospitalares, mas ainda não foi disponibilizado pelos pesquisadores.

Aplicativo que substitui oxímetro
Para demonstrar a tecnologia, os pesquisadores forneceram uma mistura controlada de nitrogênio e oxigênio a seis voluntários – todos em condições controladas e com atendimento médico prontamente disponível – para reduzir artificialmente seus níveis de oxigênio no sangue.

O aplicativo rodando no celular previu corretamente quando os voluntários apresentaram níveis baixos de oxigênio no sangue em 80% das vezes.

“Outros aplicativos de celular que fazem isso pedindo às pessoas que prendam a respiração. Mas as pessoas ficam muito desconfortáveis e precisam respirar antes que seus níveis de oxigênio no sangue caiam o suficiente para representar toda a gama de dados clinicamente relevantes,” disse Jason Hoffman, da Universidade de Washington (EUA). “Com nosso teste, conseguimos coletar 15 minutos de dados de cada voluntário. Nossos dados mostram que os celulares podem funcionar bem na faixa de limite crítico.”

Outro benefício de medir os níveis de oxigênio no sangue com um celular é que quase todo mundo tem um, enquanto os oxímetros não são tão largamente disponíveis.

“Em um mundo ideal, essas informações poderiam ser transmitidas para um consultório médico. Isso seria muito benéfico para consultas de telemedicina ou para enfermeiros de triagem serem capazes de determinar rapidamente se os pacientes precisam ir ao pronto-socorro ou se podem continuar a descansar em casa e marcar uma consulta com seu médico mais tarde,” disse o Dr. Matthew Thompson, coordenador da equipe.

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