Casal é preso por se apropriar de R$ 3 mi em doações para filho doente

Por: Redação / iG Último Segundo  Data: 23/05/2024 às 10:22

Os dois estavam foragidos. A Justiça bloqueou os valores

Casal é preso por se apropriar de R$ 3 mi em doações para filho doente
Casal é preso por se apropriar de R$ 3 mi em doações para filho doente (Imagem: Reprodução)

Um caso de Joinville (SC), de 2017, voltou às manchetes na quarta-feira (22) com a prisão de Renato e Aline Openkoski, casal responsável pela arrecadação e apropriação de mais de R$ 3 milhões em uma campanha para tratar a doença do filho, Jonatas, que sofria de Atrofia Muscular Espinhal (AME). Os pais foram condenados em 2022 por estelionato e apropriação de bens, crimes relacionados ao desvio dos fundos da campanha. Eles estavam foragidos.

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Casal é preso por se apropriar de R$ 3 mi em doações para filho doente

A campanha “AME Jonatas” foi lançada em 2017 com o intuito de ajudar no tratamento do filho do casal. Jonatas, diagnosticado com a doença degenerativa, acabou falecendo em 2022. Porém, as investigações revelaram que os recursos arrecadados não foram destinados ao tratamento, como alegado pelos pais, mas sim desviados para uso pessoal, incluindo gastos luxuosos.

Os valores arrecadados na campanha foram bloqueados pela Justiça.  Além disso, um veículo de R$ 140 mil que estava em nome dos pais da criança foi apreendido. 

As doações seriam usadas para ajuda no tratamento da criança, anunciavam os pais. Eles comprariam um remédio chamado Spinraza, fabricado nos EUA. Cada dose custa R$ 367 mil.

A Polícia Civil de Santa Catarina, após meses de investigação, cumpriu os mandados de prisão do casal, que estava foragido. Renato e Aline foram condenados a penas que somam 70 anos de prisão em regime fechado. Ao todo, mais de 20 pessoas foram ouvidas.

O caso começou a ser investigado após denúncias sobre a mudança no padrão de vida do casal, incluindo postagens em redes sociais de uma viagem luxuosa à ilha de Fernando de Noronha, durante o Réveillon de 2017. Isso levou o Ministério Público de Santa Catarina a intervir, resultando nas condenações.

O advogado Emanuel Stopassola, que representa o casal, afirmou ao UOL que serão utilizados todos os meios de defesa durante o processo.

A história ganhou destaque em janeiro de 2018, quando a Polícia Civil iniciou investigações sobre o possível desvio de fundos da campanha “Ame Jonatas”. As suspeitas levaram à apreensão de mais de R$ 3 milhões e de um veículo de luxo que estavam em posse dos pais da criança.

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