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Brexit: o último que sair feche a porta

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No último dia 31 de janeiro, o Reino Unido teve oficializada finalmente a sua saída da União Europeia. Mas afinal, o realmente que significa todos esses acontecimentos envolvendo a terra da rainha?

Inicialmente, devemos entender o que é a União Europeia. É um grupo formado por 28 nações europeias que por si só praticam o livre comércio e a livre circulação de pessoas, ou seja, qualquer cidadão europeu pode transitar, se mudar e até mesmo trabalhar em qualquer país do bloco. O Reino Unido está presente na União Europeia desde 1973, quando o grupo de países era apenas uma comunidade econômica.

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Em 2016, em um plebiscito com resultado extremamente apertado (52% contra 48%), a população acolheu a proposta de que o Reino Unido deveria sair do bloco. Logo após o resultado do plebiscito, David Cameron, primeiro-ministro da época, anunciou sua renúncia. De lá pra cá essa saída sofreu pressões políticas e econômicas e acabou sendo adiada por três vezes, e por fim, teve o prazo final de 31 de Janeiro de 2020.

Essa sequência de pressões fez sua segunda vítima: a então primeira-ministra britânica Thereza May, que chegou a propor diversos acordos de retiradas, todos eles rejeitados pela União Europeia. Para o lugar de May, Boris Johnson foi eleito primeiro-ministro com uma promessa ousada, assim, prometeu a saída do Reino Unido no prazo outrora estipulado, existindo acordo ou não. Porém, essa atitude travou o parlamento britânico, que impediu a saída sem um acordo.

Mas qual o receio da saída? Em poucas palavras, o parlamento do Reino Unido criou uma trava de segurança para evitar que a terra da rainha tenha perdas severas no que se refere as regalias que uma união econômica tem, ou seja, os acordos das negociações são moldados para que não incida taxas na circulação de bens, serviços e pessoas. Mas acordos do tipo só serão articulados nos próximos meses, até lá, o Reino Unido se encontra no chamado “período de transição”.

Como o Reino Unido é composto de quatro países, os especialistas afirmam que o Brexit pode inflar ondas de independência no próprio Reino, como na Irlanda do Norte e na Escócia. Mas isso é temática para as próximas semanas.

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