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‘Boulos vai ser recebido na bala’, publica desembargadora

Facebook/Reprodução

O ex-candidato a presidente Guilherme Boulos (Psol) anunciou que vai entrar com processo contra a desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por incitação a crime. Em publicação feita nas redes sociais, Marília compartilhou uma imagem que sugere que o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) será “recebido na bala” depois do decreto assinado nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro que facilita a posse de armas.

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Ela já é processada pelo Psol por ter espalhado notícias falsas e difamatórias contra a ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em março. Ainda no ano passado Marília causou polêmica ao escrever que duvidava da capacidade de uma professora portadora da síndrome de Down dar aulas.

A publicação foi apagada, mas Boulos compartilhou uma cópia da imagem. Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu abrir novo procedimento contra a desembargadora em função do post contra Boulos. Ela já responde a outros três por causa de suas declarações.

Pelo Twitter, Boulos rebateu Marília: “Esta é a desembargadora Marília Castro Neves, do TJ do Rio de Janeiro. Já responde judicialmente por ofensas a Marielle Franco e outras postagens inadequadas. Um magistrado tem que ter equilíbrio, não pode incitar ao crime. Agora responderá mais uma ação judicial”.

Depois da resposta de Boulos, a desembargadora voltou às redes, reclamou de “censura” e disse ter exercido seu direito de expressão.

Esta não é a primeira vez que a desembargadora faz declarações dessa natureza na internet. No ano passado, ela publicou um texto em que acusava Marielle de “estar engajada com bandidos” e de ter sido “eleita pelo Comando Vermelho”. “Cadáver comum qualquer outro”, classificou.

Depois de ser acionada judicialmente e no Conselho Nacional de Justiça, Marília disse que “repassou de forma precipitada” notícias contra Marielle Franco. “A conduta mais ponderada seria a de esperar o término das investigações para então, ainda na condição de cidadã, opinar ou não sobre o tema.”

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