O presidente Jair Bolsonaro assinou na tarde de ontem (18) uma medida provisĂłria (MP) para combater fraudes previdenciĂĄrias. O texto altera regras de concessĂŁo de benefĂcios, como auxĂlio-reclusĂŁo, pensĂŁo por morte e aposentadoria rural. AlĂ©m disso, prevĂȘ a revisĂŁo de uma sĂ©rie de benefĂcios e “processos com suspeitas de irregularidades” concedidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Segundo o governo federal, a nova MP vai gerar uma economia de R$ 9,8 bilhĂ”es nos primeiros 12 meses de vigĂȘncia. De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o governo deve investir um total de R$ 300 milhĂ”es para colocar em prĂĄtica o trabalho de revisĂŁo.
A previsĂŁo anterior, anunciada pelo ministro Paulo Guedes, era de que a economia a ser gerada com a MP seria de R$ 17 a R$ 20 bilhĂ”es ao ano. De acordo com o secretĂĄrio especial da PrevidĂȘncia, RogĂ©rio Marinho, no entanto, a estimativa atual Ă© mais “conservadora” e estaria amparada na mĂ©dia de reversĂŁo de benefĂcios em anos anteriores.
O texto serĂĄ publicado em edição extra do DiĂĄrio Oficial da UniĂŁo e entra em vigor de forma imediata, com validade de 90 dias, prorrogĂĄveis por igual perĂodo, mas precisarĂĄ ser aprovado pelo Congresso Nacional.
Bolsonaro assinou a MP Ă s vĂ©speras da viagem que farĂĄ a Davos, na SuĂça, para o FĂłrum EconĂŽmico Mundial, a partir do prĂłximo domingo (20). Ele deve aproveitar a ocasiĂŁo para analisar alternativas para a proposta de reforma da PrevidĂȘncia, que o governo pretende apresentar ao Congresso Nacional em fevereiro.