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Boca da Mata tem potencial turístico inexplorado

Quando fiz minha apresentação a este blog, fiz toda uma descrição pessoal, ainda que breve. O principal aspecto destacado, no entanto, é o fato de ser bocamatense. Uma mudança que pode ter ocorrido neste novo espaço em que passo a publicar deve ser, exatamente, a de ter adquirido mais leitores de Boca da Mata, ao invés de manter a preponderância de colegas do Instituto Federal de Alagoas como leitores. Inevitavelmente, isso me exige atenção redobrada à minha terra.

Percebido esse compromisso, acredito que seja um dos primeiros assuntos a comentar o de que o município de Boca da Mata tem uma história muito peculiar. O próprio nome já remete à origem, simplesinha e carinhosa, às primeiras residências que se construíram no início, na boca de uma mata. Até pretendo escrever algo mais rigoroso a respeito. Mas esse cenário, de histórias e apegos por toda e qualquer pessoa que visite Boca da Mata deve-se ao fato da terra ser hospitaleira, rodeada de belezas, e não belezas quaisquer, mas de serras, verdes, matas, praças organizadas, sítios, chácaras e fazendas povoadas, cultura arraigada com a ecologia, com o rural e o paisagístico natural.

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Importante observar que essa peculiaridade agradável pode – e deve – render mais. Bem mais. Render mais momentos aconchegantes, mais visitas, maior alegria, aquecer a economia, agraciar nossa gente. Boca da Mata tem um potencial turístico inexplorado e pouco se discute, popularmente, a respeito dessa riqueza.

Não temos um passeio às serras de forma sistematizada; não temos um parque ecológico; não temos áreas de convivência social que valorize a fauna e a flora integradamente; não temos valorização paisagística em nenhum programa governamental; não temos nenhuma pousada, nem hotel ou balneário na zona rural. E tudo que temos pode e deve melhorar. O Poder Público e a livre iniciativa deveriam assumir esse desafio; o primeiro, por obrigação administrativa, e, o segundo, por relevância social e provável rentabilidade, para si e para a nossa gente (lucro aos empresários; geração de emprego e renda para o povo).

Por ora, nossas escolas podem desenvolver seu papel de conscientizar os estudantes acerca dessa riqueza inexplorada, através de aulas de campo e da promoção de cursos de educação ambiental. Audiências públicas e reuniões discursivas convocadas pelo Poder Legislativo e organizações da sociedade civil também seriam um grande contributo a essa questão.

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