Com R$ 62 milhões investidos, Governo do Estado já inaugurou 26 Centros Integrados; criminalidade teve redução de mais de 70% nos municípios
Em dezembro de 2016, o Governo de Alagoas iniciava uma verdadeira revolução na Segurança Pública ao colocar para funcionar os Centros Integrados de Segurança Pública (CISP), que uniriam em um mesmo ambiente de trabalho as Polícias Civil e Militar, garantindo assim o fortalecimento das estratégias de segurança que foram implantadas no estado e trouxeram de volta a tranquilidade e a redução de crimes. Quatro anos depois, já estão em funcionamento 26 unidades, que representam um investimento de mais de R$ 62 milhões em recursos próprios.
O município de Boca da Mata foi o primeiro a receber um CISP, no dia 03 de dezembro de 2016. Com investimento de R$ 1,2 milhão de recursos do tesouro estadual, a cidade passou a contar com uma delegacia que funciona 24h por dia e a presença efetiva da Polícia Militar, contribuindo no combate ao crime de toda a região e o incremento do programa Força Tarefa.
Moradora de Boca da Mata, a estudante Joana Araújo afirma que o CISP trouxe mudanças efetivas para a população, como o resgate da liberdade em poder se locomover durante a noite e a sensação de segurança ao estar fora de casa.
“Antes do CISP ser instalado ninguém ficava na rua depois das 21 horas, era perigoso e hoje em dia podemos sair na rua até tarde com mais tranquilidade. As rondas da polícia fazem toda diferença na nossa segurança, posso falar pela população que o Centro Integrado fez toda a diferença nos últimos quatro anos para nós bocamatenses.”, destacou a estudante.
A estratégia da integração
Com policiais civis e militares trabalhando em uma estrutura nova, com aporte tecnológico, novas viaturas e o reforço do Programa Força Tarefa, a integração entre as polícias deu certo e colheu bons frutos.
Para o coronel Marcos Sampaio, comandante-geral da Polícia Militar, o CISP possibilita às polícias Civil e Militar um trabalho conjunto com mais estrutura material e humana. Desta forma, é possível ter mais agilidade nas ações em defesa da segurança pública local, tudo isso no mesmo ambiente de trabalho, facilitando a vida da população.
“Além de reforçar a presença policial na cidade, com estrutura e logística adequadas, e policiais motivados, o Centro Integrado impacta positivamente na Segurança Pública de toda a região”, destacou o comandante.
A integração promovida pelo CISP também é destacada pelo delegado-geral Paulo Cerqueira, que avalia o trabalho como muito importante para toda a sociedade alagoana, pois proporciona ao cidadão a possibilidade de ter acesso aos serviços policiais em um único local, onde terá sua demanda atendida, seja no âmbito investigativo, pela Polícia Civil, seja no ostensivo, da Polícia Militar.
“Gostaria de mais uma vez enaltecer a iniciativa e coragem do governador Renan Filho e do secretário de Segurança Pública em integrar as ações das forças policiais em nosso Estado”, frisou o delegado-geral Paulo Cerqueira.
Investimento que transforma
Após quatro anos desde a entrega do CISP de Boca da Mata, o Governo de Alagoas já investiu mais de R$ 62 milhões na Segurança Pública para a construção das instalações e já entregou 26 Centros Integrados.
Mais de 1 milhão de alagoanos têm as suas vidas, dos seus familiares e a segurança dos municípios resguardada por intermédio dos CISPs, que estão presentes em todas as regiões do estado nas cidades de Boca da Mata, Murici, São José da Laje, São José da Tapera, Girau do Ponciano, Ouro Branco, Cajueiro, Igaci, Viçosa, São Luís do Quitunde, Junqueiro, Pão de Açúcar, São Miguel dos Milagres, Mata Grande, Batalha, Major Isidoro, Messias, Teotônio Vilela, Campo Alegre, Pilar, São Sebastião, Taquarana, Marechal Deodoro, Maribondo, Lagoa da Canoa e Coruripe.
Com esse investimento chegando a todas as regiões, a Segurança Pública consegue interiorizar as estratégias de enfrentamento ao crime, garantindo o fortalecimento das unidades policiais em todas as localidades e também a melhora na capacidade de resposta imediata ao crime em todo o estado. Além disso, os municípios que recebem os Centros Integrados também são contemplados com reforço das equipes que compõem o Programa Força Tarefa, que garante que o policiamento ostensivo consiga chegar a povoados e regiões de difícil acesso, já que os veículos utilizados são modernos e de grande porte.
Dados estatísticos da SSP comprovam que, em média, os assaltos e outras ocorrências alcançam redução de mais de 70% nos municípios onde são instalados.
Os Centros Integrados contam com dois modelos, o tipo I para cidades com população acima de 20 mil habitantes e o tipo II, que possui uma estrutura maior para as cidades mais populosas e com localização estratégica.
Na estrutura maior, que ocupa 1.340 metros quadrados de área construída, a Polícia Militar possui uma sala para a Inteligência, de planejamento de operações, posto de identificação, centro de operações (Copom), alojamento para oficiais e praças divididos para homens e mulheres, vestiários, sala de reuniões, reserva de armas e depósito. A Polícia Civil conta com sala para o chefe de operações, cartório distrital e regional, depósito, alojamentos para delegados e agentes e sala de reuniões. Na área comum, há uma copa, recepção, sala para confecção de Boletim de Ocorrência, auditório, depósito e refeitório.
As celas são um dos diferenciais das unidades do tipo II que comportam até 32 presos, divididos em cinco celas para presos do sexo masculino, feminino e para menores. Nas unidades tipo I, a capacidade é de até quatro presos por cela.
Para o Secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, que acompanhou de perto a entrega de todas as estruturas, o equipamento é um dos responsáveis por resgatar a dignidade dos policiais, que antes trabalhavam em ambientes insalubres e, agora, possuem instalações ao nível do importante trabalho que exercem.
“Oferecer condições dignas de trabalho aos nossos policiais também é missão do Estado e ao fazermos o investimento, também pensando em nossos homens e mulheres, conseguimos aumentar a eficácia do trabalho e assim alcançarmos números tão relevantes na redução da criminalidade, preservando vidas e patrimônios”, afirmou o secretário.