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Beber não deixa as pessoas mais atraentes, mas reduz medo de rejeição

Beber não deixa as pessoas mais atraentes, mas reduz medo de rejeição
Beber não deixa as pessoas mais atraentes, mas reduz medo de rejeição (Imagem: oneinchpunchphotos/envato)

Um estudo mostrou que a “visão de cerveja” ou “óculos de cerveja”, lenda popular de que ingerir álcool torna pessoas mais atraentes aos olhos do bêbado, pode não ser verdade — mas indica que bebidas alcoólicas podem, no final das contas, dar mais coragem para se aproximar de quem já era considerado atraente.

Beber não deixa as pessoas mais atraentes

Segundo os cientistas responsáveis, estudos anteriores sobre o fenômeno mostraram efeitos pequenos e inconsistentes, geralmente testando a ideia com os voluntários bebendo sozinhos, ou seja, em um ambiente distante da realidade. Analisar os efeitos do álcool no organismo e nas relações sociais precisaria de testes mellhores.

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Álcool e a vida social
Para descobrir como a bebida afeta as relações sociais, uma equipe de pesquisadoras da Universidade de Stanford e de Pittsburgh recrutou 18 duplas de amigos, todos homens heterossexuais. Na primeira etapa, eles deveriam elencar quão atraentes eram 16 mulheres desconhecidas a partir de fotos e vídeos. Em seguida, tiveram de escolher quatro das que mais gostariam de encontrar — e foram informados de que isso poderia ocorrer em um estudo futuro.

Os voluntários receberam, então, suco de oxicoco (cranberry) sem álcool, e, meia hora após a ingestão, passaram pelo mesmo processo de escolha. O experimento foi repetido em um outro dia, com os mesmos homens julgando outro grupo de 16 mulheres, mas bebendo um coquetel com suco de oxicoco misturado com vodka, o suficiente para aumentar a concentração de álcool no sangue a 0,08%, limite legal para se dirigir sob o efeito da substância nos Estados Unidos.

O estudo analisou apenas o efeito do álcool em homens heterossexuais brancos, mas deve avaliar outros gêneros, orientações sexuais e etnias no futuro (Imagem: Blake Wisz/Unsplash)

A quantidade, segundo as pesquisadoras, é equivalente a beber cerca de três drinks de nível alcoólico comum baseados em vodka. A ingestão não mudou a maneira com que os homens julgavam quão atrativas eram as mulheres, mas, mesmo só com o suco, alguns disseram preferir encontrar as mulheres que não consideraram, necessariamente, as mais bonitas. Após o coquetel alcoólico, as chances de dizer que queriam encontrar as que consideraram mais atraentes duplicaram.

Beber não deixa as pessoas mais atraentes

A conclusão é que o consumo de álcool livra os sujeitos da preocupação com a rejeição. Para alguns, interagir com pessoas muito atraentes pode ser muito intimidador, medo que pode ser reduzido ao beber. O estudo, no entanto, só incluiu homens e mulheres brancos, diminuindo a abrangência dos resultados. Está nos planos dos pesquisadores testar a ocorrência em voluntários mais etnicamente diversos, além de mulheres heterossexuais e outras orientações que não sejam a hétero.

No futuro, também serão pesquisadas as influências de doses maiores de álcool e do tempo entre a ingestão e o efeito de embriaguez no corpo. O estudo já inovou, segundo especialistas, ao convencer os voluntários de que as fotos mostradas eram de pessoas com as quais teriam chance de se encontrar, adicionando realismo aos testes — algo ausente em investigações anteriores.

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