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Aumento de combustível pode provocar alta no preço de alimentos

Aumento de combustível pode provocar alta no preço de alimentos
Aumento de combustível pode provocar alta no preço de alimentos (imagem: AlagoasWeb/Arquivo)

Aumento de combustível pode provocar alta no preço de alimentos

A Petrobras reajustou os preços da gasolina e do diesel. Sempre que ocorre uma elevação no preço dos combustíveis, o impacto é sentido pela sociedade, como explica o economista Carlos Eduardo Oliveira Júnior, presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo.

“A população de uma maneira geral já começa a sentir no bolso esse impacto da elevação do preço dos combustíveis. E isso acaba impactando no transporte individual, do seu veículo — e também no transporte de produtos e serviços. E aí acaba impactando na sociedade como um todo, que provavelmente a gente vai perceber nos próximos meses uma oscilação nos preços com relação aos produtos comercializados”, explica.

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A mudança na política de preços da Petrobras, em não atribuir a variação ao dólar e ao mercado de commodities internacionais, permitiu uma recente redução dos preços dos combustíveis no Brasil. Contudo, a companhia sinalizou essa semana a necessidade de reajustes dentro dos parâmetros da estratégia comercial, em vista de aumentos do preço do petróleo. 

O economista Luigi Mauri explica que essa nova política de preços traz previsibilidade ao consumidor, por não acompanhar a volatilidade do mercado internacional. Ele detalha, contudo, que o atual reajuste pode trazer aumento ao consumidor no médio prazo em alguns itens, mas não deve atingir o transporte público. 

“Como não se pratica mais uma paridade com o barril de petróleo internacional e com o dólar, tem essa previsibilidade para o consumidor. Claro, vai ter aumento no médio prazo, até o fim do ano o consumidor deve sentir aumento no preço de alimentos, por exemplo. O transporte público não deve se alterar em princípio, porque é uma categoria muito subsidiada, então mesmo tendo aumentos nos preços dos combustíveis não tem um aumento imediato de passagens”, explicou.

Qual foi o reajuste?
A gasolina A, que é produzida pelas refinarias e entregue às distribuidoras, teve o preço médio aumentado em R$ 0,41 por litro, e passou a ser vendida nas distribuidoras por R$ 2,93. O custo cresceu cerca de 16%. A essa gasolina se mistura obrigatoriamente o etanol anidro para compor a gasolina vendida  nas bombas: a proporção é 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro. 

Já para o diesel, o Petrobras aumentou o preço médio de venda para as distribuidoras em R$ 0,78, chegando a R$ 3,80 por litro, um reajuste de 26%. Para ser vendido, o combustível é composto, de forma obrigatória, pela mistura de 88% de diesel A, produzido nas refinarias, e 12% de biodiesel.

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