Ao menos 21 pessoas foram assassinadas nesta terça-feira (24/05) durante um ataque armado em uma escola primária de Uvalde, cidade com 15 mil habitantes no sul do estado americano do Texas.
O criminoso ‘atirou e matou, de forma horrível e incompreensível’, disse o governador do Texas, Greg Abbott, em uma entrevista coletiva. Foram ao menos 19 crianças mortas e dois adultos, entre eles ao menos um professor.
Segundo autoridades, o suspeito, identificado como Salvador R., de 18 anos, foi morto em seguida por oficiais que reagiram ao ataque. Ele era morador de Uvalde e estava armado com um revólver e um fuzil semiautomático, disseram investigadores.
Autoridades afirmaram ainda que, antes de partir em direção à escola, o suspeito atirou em sua avó – que foi transportada com vida a um hospital.
O atentado foi iniciado às 11h32 locais (9h32 em Brasília), segundo a polícia, na Robb Elementary School, que ensina crianças de 7 a 10 anos de idade. Ainda não há confirmação sobre o número de feridos.
O presidente americano, Joe Biden, que estava retornando de uma viagem à Ásia, foi informado sobre o ataque e “continuará a ser informado regularmente à medida que informações fiquem disponíveis”, disse a Casa Branca, que deixou a bandeira do país à meia-haste em luto pelas vítimas.
“Suas orações estão com as famílias impactadas por este terrível evento, e ele falará esta noite quando voltar à Casa Branca”, disse Karine Jean-Pierre, a assessora de imprensa da Casa Branca.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou após o atentado em Uvalde que “já basta”. “Precisamos ter a coragem de agir”, disse.
O atentado é o pior em escolas americanas desde fevereiro de 2018, quando um ataque numa escola de Parkland, na Flórida, deixou 17 mortos.
Surto de violência armada
O ataque de terça-feira ocorreu menos de duas semanas depois que um atirador branco matou dez negros em um supermercado na segunda maior cidade do estado de Nova York, Buffalo.
Biden definiu o ataque em Buffalo como um ataque terrorista.
Os Estados Unidos têm sofrido repetidos ataques em massa e violência armada. De acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), foram registrados 19.350 homicídios com armas de fogo em 2020, um aumento de quase 35% em comparação com o ano anterior.
Ainda assim, regras mais duras para controlar o acesso a armas fogo não conseguiram ser aprovadas no Congresso americano.