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Atenção, MEI: seu carro novo pode custar até 15% mais barato; saiba como

AlagoasWeb/Arq

Comprar um carro zero-quilômetro não é para todos… Alguns estão protelando o negócio por conta do preço. Outros, mesmo dispostos a pagar caro, não conseguem aprovação de crédito para financiar o veículo. Nesse cenário, um desconto é mais do que bem-vindo, muitas vezes, essencial para o fechar negócio.

Uma opção para pagar menos é atrelar a compra ao CNPJ, que inclui o Microempreendedor Individual (MEI). De acordo com o Sebrae, somente na Bahia, há 787.718 empresas enquadradas como MEI. Em todo o país, são quase 15 milhões. Quem tem uma empresa de qualquer porte pode comprar um carro por meio da venda direta para CNPJ.

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O veículo custa menos porque a venda é efetuada pela fábrica. Não há o custo com o concessionário – que não compra o veículo para seu estoque -, há somente a comissão do vendedor. O desconto varia bastante, e modelos mais caros costumam ter atrativos maiores.

Como funciona
Para realizar a compra, o caminho é o mesmo, ir até uma revendedora autorizada. Lá dentro que o caminho muda: você deve perguntar onde é o departamento de vendas diretas. Na prática, a principal diferença é que, em vez de comprar um carro que já foi fabricado, o cliente paga por um modelo que ainda será produzido. Consequentemente, terá que esperar mais.

Para solicitar o automóvel, as montadoras solicitam documentos. Basicamente, são é preciso apresentar comprovantes de existência e a atividade da empresa, como Cartão CNPJ ou Certificado da Condição de Microempreendedor Individual.

Exemplos
Para a versão Zen do Kwid, que custa R$ 68.190, a Renault oferece 3% de desconto. Dessa forma, o carro mais barato do Brasil passa para R$ 66.144. Parece pouco, mas com esses R$ 2 mil é possível encher três vezes o tanque e pagar a primeira revisão.

No entanto, para quem vai comprar pelo CNPJ, a melhor opção da marca é o Logan, que conta com 11% de desconto. Ou seja, pode ir de R$ 89.560 para R$ 79.708.

A Fiat, que comercializa o Mobi, segundo modelo mais barato do país, oferece 4% de redução para o carro. Dessa forma, a versão Like, que passa de R$ 68.990 para R$ 66.230.

Na Hyundai, a versão mais acessível do HB20, a Sense, pode ir de R$ 79.490 para R$ 72.336. O fabricante coreano oferece 9% de abatimento nessa e em outras versões do veículo.

No catálogo da Volkswagen, o Polo MPI passa de R$ 84.990 para R$ 78.575,70. Desconto superior a R$ 6.400.

Na Chevrolet, é possível comprar nessa modalidade até a nova Montana, que pode ficar 11% mais barata. Para o Tracker, o valor fica até 9% menor e, para o Onix, 5%.

Os veículos comerciais também atendem à política de vendas diretas. Por exemplo: a van Scudo, da Fiat, tem 14,8% de desconto. Nesse caso, a economia chega a R$ 30 mil, pois o valor inicial do veículo é de R$ 203.290.

Cuidados
Apesar de ser uma negociação relativamente simples, é preciso estar atento a algumas características do negócio. Primeiramente, ao comprar um veículo via CNPJ, o bem passa a ser da empresa, não do empresário.

Isso significa que o carro pode ser penhorado para pagar dívidas da pessoa jurídica. O mesmo acontece em relação às dívidas do veículo: serão cobradas da empresa, que poderá sofrer penalidade caso o IPVA esteja atrasado, por exemplo. Em caso de multa, será necessário apresentar o condutor para efeito de pontuação, mas o pagamento também é obrigação do CNPJ.

Também é importante ter atenção para outro detalhe: se a situação financeira apertar, não será possível vender o carro antes de completar 12 meses da compra, já que esta é uma das regras para ter o direito ao desconto. É uma proteção ao mercado, senão as pessoas iriam comprar carro na modalidade para vender mais caro, fazendo disso um negócio.

Outro detalhe: carros comprados nessa modalidade podem demorar até 150 dias para serem faturados e entregues ao cliente. Isso significa que o preço também será reajustado de acordo com a tabela do mês de recebimento, de qualquer forma, o desconto acordado é mantido.

Outras opções
Algumas marcas também oferecem descontos para entidades de classe (como OAB e CRM) e profissões específicas, como motoristas de aplicativo. Já os motoristas de Táxi têm descontos previstos por lei, que funcionam de forma parecida com a lei de PcD. Produtores rurais também contam com benefícios.

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