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Após contradições na CPMI, Polícia Federal convocado hacker Walter Delgatti

O hacker Walter Delgatti Neto, envolvido em mais de 40 casos de estelionato, foi convocado pela Polícia Federal (PF) para prestar novo depoimento hoje, dia 18.

Polícia Federal convocado hacker Walter Delgatti

A convocação ocorre após a corporação encontrar contradições na oitiva do ‘hacker da Vaza Jato’ na CPMI do 8 de Janeiro nesta quinta-feira, 17. Além disso, novos elementos também foram encontrados na investigação, o que motiva a realização de um segundo depoimento. As informações são do repórter Bruno Pinheiro, da Jovem Pan News.

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Polícia Federal convocado hacker Walter Delgatti

Como o site da Jovem Pan mostrou, em sessão na comissão parlamentar que investiga os atos do 8 de Janeiro, em Brasília, Delgatti disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ofereceu um indulto presidencial a ele em troca de simulação de invasão das urnas eletrônicas, caso ele fosse preso.

Segundo o hacker, a intenção do ex-chefe do Executivo era alegar fragilidades do sistema eleitoral brasileiro. “Bolsonaro me disse que eu estaria salvando o Brasil e que a liberdade do povo estava em risco. Que eu preciso ajudar a garantir a lisura das eleições. Contou que nas eleições de 2018 teve acesso a um relatório da PF que ela poderia ter sido manipulada. Ele disse que não entendia nada da parte técnica e que eu precisava ir para o Ministério da Defesa para conversar com os técnico”, afirmou Walter Delgatti no depoimento desta quinta.

Ele também afirmou que o plano teria sido feito pelo marqueteiro da campanha de Bolsonaro, Duda Lima, em uma reunião com a presença da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto – que, segundo Delgatti, propôs a criação de um código fonte “fake” para as urnas com o intuito de mostrar que o voto em um candidato poderia ser computado para outro.

Walter Delgatti Neto disse também que o próprio Bolsonaro pediu que ele grampeasse o telefone do ministro Alexandre de Moraes e reafirmou que recebeu cerca de R$ 40 mil de Carla Zambelli para invadir o sistema do Poder Judiciário e inserir um falso mandado de prisão contra o magistrado.

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