Um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assassinou um eleitor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Valter Fernando da Silva, 36 anos, foi baleado durante um bate-boca sobre política em um bar no Mato Grosso, no último domingo (19), segundo a Polícia Civil .
Segundo a corporação, Edno de Abadia Borges, acusado de ter cometido o crime, estaria conversando com a vítima sobre política. O dono da propriedade relatou que o assassinato aconteceu depois da discussão.
A principal testemunha do caso relatou que Valter foi atingido por dois tiros na região do abdômen. Depois que escutou os disparos, o proprietário do bar viu a vítima ensaguentada no chão e acionou uma equipe média, que confirmou o falecimento do bolsonarista.
A mãe de Valter contou aos policiais que o atirador e a vítima eram amigos. Ela só soube da morte do filho na madrugada desta segunda-feira (20).
Borges fugiu e ainda não foi encontrada. A arma usada para o crime também não foi localizada, de acordo com informações da Polícia Civil. O acusado não tem autorização para o porte de armas.
Os policiais encontraram o carro do suspeito há 10 km da cena do crime. Duas pessoas foram detidas no local e revelaram que ajudaram Borges a fugir para uma cidade vizinha.
O caso será investigado como um crime qualificado por motivo fútil, que foi a divergência política ou ideológica. A Polícia Civil descartou que a motivação tenha sido político.
Intolerância na política
Não é a primeira vez que esse tipo de crime acontece. Em setembro do ano passado, Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, foi morto a facadas e machado por defender o presidente Lula. O autor do crime foi Rafael Silva de Oliveira, de 24, apoiador de Bolsonaro.
Outro caso que chocou o Brasil foi do militante petista, Marcelo Arruda, teve sua festa de aniversário invadida pelo agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador de Bolsonaro, e foi morto no local.