Ícone do site AlagoasWeb

Anatel irá lançar sistema contra produtos piratas na internet antes da Black Friday e Natal

Reprodução

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) irá lançar uma ferramenta contra a venda de produtos piratas e ilegais na internet. Segundo reportagem do O Globo, a reguladora junto com o órgão de Defesa do Consumidor passará a exigir o número de homologação do produto para a venda nas plataformas, o código faz parte de um sistema de segurança usado pela Anatel que confere um selo de qualidade único aos aparelhos.

Todos os produtos eletrônicos, como os celulares, precisam ser homologados pela Anatel. Os que não passam por esse processo são considerados ilegais ou piratas. O processo de segurança verifica riscos de superaquecimento, explosão, choque e até limites de exposição a campos eletromagnéticos.

Publicidade

Assim, para evitar que esses produtos cheguem aos consumidores sem o aval da reguladora, um novo sistema será desenvolvido para que os sites de comércio eletrônico façam uma consulta prévia ao código de homologação antes que o anúncio seja veiculado na página das lojas on-line. Se não estiverem cadastrados, não poderão ser ofertados.

“O vendedor, antes de exibir um produto na plataforma de e-commerce, terá que informar o código de homologação. A ferramenta vai confirmar se o número é válido. Se não for, o anúncio nem é veiculado no site. É uma medida preventiva. Estamos em discussões técnicas”, explicou o superintendente de Fiscalização da Anatel, Wilson Diniz Wellisch.

Ainda segundo o diretor, o objetivo é que a ferramenta comece a funcionar ainda este ano, antes da Black Friday e Natal, um dos maiores períodos de vendas no ano.

De acordo com a consultoria International Data Corporation (IDC), cerca de 4,5 milhões de celulares piratas serão vendidos pela internet em 2021, o que representa cerca de 10% de tudo que deve ser comercializado neste ano. O número já ultrapassa a marca dos 3,8 milhões de aparelhos ilegais comercializados no ano passado.

Ainda de acordo com O Globo, marcas chinesas de celulares e sites americanos de comércio eletrônico são os maiores responsáveis pela venda de itens falsos.

Cerco se fechando para os sites de e-commerce

Em agosto deste ano, a Procuradoria Federal Especializada (órgão da Advocacia-Geral da União que presta aconselhamento jurídico à Anatel) emitiu um parecer de responsabilização administrativa aos marketplaces que permitem a transação de item pirata entre vendedor e comprador, ainda que não tenham a posse do produto.

Grosso modo, a medida autoriza autuar empresas que alegavam não ser responsáveis por produtos à venda em suas plataformas. Foram enviados 92 para 50 e-commerces comunicando o entendimento.

“Enviamos esses ofícios para que as empresas saibam desse parecer, que é um game changer (fator de virada no jogo). Antes disso, vínhamos fazendo um trabalho com os marketplaces para mostrar os riscos envolvidos na venda desses produtos. A comunicação agora serviu como um ultimato”, afirmou Wellisch.

Sair da versão mobile