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Amor Incondicional: Com filho internado na UTI há 4 meses, mãe irá passar o dia dedicado a ela no HGE

Thallysson Alves

Este é o segundo ano de Dia das Mães durante a pandemia da Covid-19. Mais uma vez, as restrições impostas pela doença não recomendam a reunião dos familiares, os passeios em família, às lotações em restaurantes. Se você está triste por isso, então imagine como se sente as mães que estão com seus filhos dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Para elas, levar seu filho para casa curado será o maior de todos os presentes.

A arapiraquense Winny Adriegge Rodrigues Silva, de 23 anos, está no Hospital Geral do Estado (HGE) desde a noite de Réveillon, quando seu bebê de apenas dois meses de vida passou a chorar sem parar. No dia anterior, quando esteve no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, ela foi desesperada em busca de ajuda médica e descobriu que seu filho estava sofrendo uma convulsão.

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“Eu não sabia o que era convulsão. Eu não sei de muita coisa. Quando fiquei grávida, os meus planos eram curtir a minha família, criei vários planos, imaginei um Ano Novo repleto de boas realizações. Mas, eu me deparei com uma doença desconhecida no meu filho, que me obrigou a iniciar o ano no hospital e, desde então, aqui estou”, recordou a mãe, que precisou se afastar do trabalho e até de seu marido, uma vez que ele precisa trabalhar em uma rede de supermercados para sustentar toda a família.

Na maior unidade de urgência e emergência de Alagoas, o bebê foi diagnosticado inicialmente com uma infecção, mas, após exames mais precisos, o neuropediatra identificou um abcesso cerebral, que contribuiu na formação da ventriculite e da hidrocefalia. O caso do menor inspira muitos cuidados, tudo o que Winny tem dado desde a gestação.

“Diante do que já passei com meu filho, hoje eu estou bem melhor. É que agora eu sei o que o meu filho tem, eu sei o que estão fazendo, eu vejo a dedicação de todos os profissionais e isso me deixa confiante. O meu filho já sofreu parada respiratória, já teve baixa saturação de oxigênio, já esteve mais debilitado do que agora. Então eu acredito que eu ainda o levarei para casa. Enquanto há vida, há esperança”, afirma a mãe.

Para as mães que estão sem poder ver seus filhos, assim como para os filhos que estão sem poder ver suas mães, Winny pede paciência e gratidão pelo distanciamento preventivo contra a Covid-19. Para os que enfrentam a realidade das UTIs, a mãe, que precisou amadurecer muito em poucos meses, roga por mais esperança e confiança nos trabalhos que estão sendo realizados pelos profissionais.

“A minha vida está de pernas para o ar, mas eu não me arrependo de nada. Esse é meu primeiro Dia das Mães e eu sinto muita gratidão por ter meu filho vivo, podendo recebê-lo em meus braços. Enquanto há vida temos que lutar pelos nossos filhos! E isso vale para todas as situações”, disse com emoção.

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