A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) define que um estudante tem que frequentar, ao menos, 75% das aulas na escola. Mas Carina Moura, de 18 anos, não deu muita bola. Ela deixava de ir ao colégio, em Limoeiro (PE), para estudar em casa, sozinha, focando na escrita de dissertações.

O resultado da estratégia arriscada foi a tão sonhada nota mil na redação do Enem 2022.

“Como o colégio fazia bastante revisão, eu preferia ir só para as aulas dos assuntos em que tinha mais dificuldade. Viviam ligando para a minha mãe, reclamando que eu faltava muito. Eu explicava para ela que estava estudando”, conta Carina em entrevista ao g1. “Sempre fui a nerd da família.”

Carina explica que precisou ter muita disciplina para que seu tempo de estudos fosse proveitoso. “Sempre fui meio autodidata, mas é difícil. Eu só parava para treinar, logo depois do almoço, e para dormir. Fazia simulados e cursinho on-line”, diz.

Agora, a aluna aguarda a abertura do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para se inscrever em vagas de medicina.

“Fiquei tão feliz com a nota mil que sinto como se eu tivesse passado na faculdade. Me tremi todinha! Acordei meus pais [quando vi o resultado], e ficamos a madrugada em claro. É uma euforia muito grande”, relata.