Uma jovem de 18 anos chamada Chloe Lowery, de Colorado, nos Estados Unidos, revelou ter uma grave alergia ao sêmen, que ao entrar em contato com sua pele provoca dor. “Essencialmente, sou alérgica a sexo”, conta.
Chloe foi diagnosticada com hipersensibilidade ao plasma seminal humano — uma rara reação alérgica a proteínas encontradas no esperma da maioria dos homens. A condição rara é mais comum em mulheres, mas também pode atingir homens. publicidade
“O sêmen é composto por espermatozoides e outras secreções, diversas outras substâncias, e são elas que causam a alergia, não o espermatozoide” membro da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana, Geraldo Caldeira.
A jovem relata que notou o problema após sua terceira relação sexual. “Eu não tinha tido contato com ele [sêmen] antes disso e quando tocou minha pele, eu meio que fiquei vermelha, mas não pensei muito nisso porque, às vezes, fico vermelha”, contou.
Alergia a sexo
Durante outro encontro, Chloe percebeu que estava com o rosto paralisado e ficou deste jeito por cerca de três horas. “Todo o lado direito do meu rosto estava caído e eu simplesmente não conseguia expressar emoção. É como quando você leva uma injeção de anestesia no dentista”, relatou.
“Eu, honestamente, ri disso. Achei que era mais engraçado do que qualquer coisa. Eu estava com medo de que fosse permanente, mas, aos poucos, recuperei meus movimentos e fiquei bem. Mas, desde então, passei a evitar”, revela.
“Eu também tive uma reação vaginal e é o mesmo tipo de problema, mas, em vez de anestesiar, é mais como uma queimação e eu fico muito inflamada. É terrível. Parece um milhão de agulhas de acupuntura. Eu tive que fazer exames, é claro, para DSTs e deu negativo para todas elas”, afirma Chloe.
A gravidade dos efeitos da alergia ao sêmen varia de acordo com a quantidade de esperma que a pessoa tem contato e os efeitos podem durar de 15 minutos a uma hora. Em casos graves, os sintomas podem durar dias e até incluir dificuldade de respiração ou desmaios. Os sintomas podem ser evitados com o uso de preservativos durante a relação sexual.
No caso do quadro em homens, os sintomas ocorrem em áreas que têm contato com o sêmen, como o pênis e pele ao redor do órgão genital, mas pode afetar outras partes do corpo.
É possível engravidar?
Sim! De acordo com os especialistas, mesmo quem tem a rara alergia a sexo pode engravidar, mas o processo deverá ser feito com técnicas de reprodução humana, como inseminação artificial ou fertilização in vitro, para evitar problemas.