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Agosto Dourado: Especialista esclarece 5 principais dúvidas

Ato de amamentar fortalece o vínculo entre mãe e filho

Agosto Dourado é o mês dedicado à conscientização sobre a importância da amamentação, prática recomendada de forma exclusiva até os seis meses de vida do bebê. A campanha tem como objetivo estimular o aumento das taxas de aleitamento materno, em uma mobilização apoiada por diversas entidades de saúde no mundo todo.

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Agosto Dourado: Especialista esclarece 5 principais dúvidas

A cor dourada simboliza o valor do leite materno, considerado um “alimento de ouro” por seus inúmeros benefícios para a saúde da mãe e do bebê. Entre os efeitos positivos para a mulher, estão a redução do risco de sangramento pós-parto, anemia, diabetes, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e uma perda de peso mais rápida após a gestação.

“O leite materno é o alimento mais completo para o bebê. Não existe nenhum alimento 100% equivalente em complexidade nutritiva. Ele supre todas as necessidades da criança, em macro e micronutrientes, favorecendo a boa nutrição e fortalecendo a imunidade”, explica a Dra. Tania Perini, especialista em Nutrologia Pediátrica e docente dos cursos de pós-graduação da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia).

Segundo a médica, o leite materno é capaz de reduzir em até 13% as mortes por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, ao protegê-las de doenças como diarreia, infecções respiratórias, alergias e ainda reduzir riscos futuros — como hipertensão, dislipidemias, diabetes e obesidade.

Além da nutrição, o ato de amamentar fortalece o vínculo entre mãe e filho, dando continuidade à conexão iniciada na gestação. Nos primeiros dias de vida, esse contato direto é essencial para o desenvolvimento emocional e a adaptação do bebê ao novo ambiente, fora do útero.

Agosto Dourado: Especialista esclarece 5 principais dúvidas

Dúvidas frequentes sobre a amamentação

1.Até quando amamentar?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o UNICEF, o aumento da amamentação exclusiva, até o sexto mês, salva cerca de seis milhões de crianças todos os anos. Após essa fase, recomenda-se iniciar a alimentação complementar, devendo manter o aleitamento até os dois anos ou mais, conforme a necessidade e vontade da criança.

2.Ainda há resistência em amamentar?

Sim. Mesmo entre mães saudáveis e com disponibilidade, a decisão de amamentar é pessoal. O incentivo do cônjuge e demais familiares torna a tarefa mais leve, especialmente nos primeiros dias, quando pode ser desafiadora, tanto para a mãe quanto para o bebê. A orientação de um profissional pode tornar esse processo mais tranquilo e prazeroso.

3.Quando recorrer às fórmulas infantis?

O uso de fórmulas é indicado quando a amamentação não é possível — por motivos de saúde materna ou do próprio bebê (como algumas doenças raras), por exemplo. Em casos específicos, como infecção pelo HIV, o leite materno não é recomendado. Então as fórmulas são a alternativa segura até o primeiro ano de vida.

4.Como deve ser feita a introdução alimentar?

A alimentação complementar deve começar em torno dos seis meses de vida. Esse processo ajuda a criança a desenvolver a percepção de fome, saciedade e a estabelecer uma rotina alimentar. Assim, a mãe consegue identificar melhor as necessidades nutricionais do bebê.

5.O leite materno perde valor nutricional com o tempo?

Após os seis meses, o leite materno exclusivo não é mais suficiente para suprir todas as necessidades nutricionais da criança, não por perder valor, mas pelo aumento da demanda do lactente, sendo necessária a introdução de alimentos de todos os grupos. Frutas e outros itens devem ser incluídos para garantir calorias, fibras e demais nutrientes essenciais ao crescimento e desenvolvimento.

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