Assassinos se inspiraram no massacre de Columbine, ocorrido em 1999, nos Estados Unidos
Um adolescente de 17 anos participou da elaboração do massacre na escola de Suzano, na Grande São Paulo, na manhã de quarta-feira (13), segundo o Delegado-Geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes.
O delegado afirmou, em entrevista coletiva, na tarde desta quinta (14), que a polícia à Justiça pediu a apreensão do adolescente.
Fontes não deu detalhes da participação do adolescente. Apenas disse que ele ajudou na elaboração do crime. O jovem seria colega de classe de Guilherme Taucci Monteiro, 17, um dos autores do ataque. O outro é Luiz Henrique de Castro, 25.
Os dois mataram cinco alunos, duas funcionárias e um empresário na escola estadual Professor Raul Brasil. Outras 11 pessoas ficaram feridas. Após os crimes, Guilherme matou Luiz Henrique, e cometeu suicídio.
Ainda de acordo com fontes, os assassinos se inspiraram no massacre de Columbine, ocorrido em 1999, nos Estados Unidos.
A dupla usou um revólver, carregadores, uma arma medieval e uma machadinha.
Antes do ataque na escola, mataram o tio do adolescente. Morreram os estudantes Kaio Lucas da Costa Limeira, Cleiton Antonio Ribeiro, Caio Oliveira, Samuel Melquiades Silva de Oliveira e Douglas Murilo Celestino e as funcionárias Marilena Ferreira Umezu e Eliana de Oliveira Xavier.
O crime ocorreu em meio ao debate sobre posse de armas e chama a atenção por ter sido cometido em dupla e longamente planejado. O presidente Jair Bolsonaro lamentou o atentado seis horas após ocorrido.
Segundo um policial que acompanha o caso, o ataque há cerca de um ano e meio.
A Polícia Militar chegou à escola Professor Raul Brasil em Suzano, região metropolitana de São Paulo, quando os dois atiradores, ainda faziam os disparos e estudantes deixavam o prédio desesperados.
Segundo o comandante-geral da PM, Marcelo Vieira Salles, ao que tudo indica, “quando eles [atiradores] viram a Força Tática, entraram para dentro um corredor e um atirou na cabeça do outro. Depois, esse se suicidou.”
Os atiradores são os ex-alunos da instituição.
Velórios
Nesta quinta, , as famílias de funcionárias e alunos mortos no massacre da escola velam as vítimas na Arena Suzano, no Parque Max Feffer.
O velório coletivo começou às 7h entre abraços, choros, sussurros e crianças pequenas que acompanham os pais, no ginásio poliesportivo que fica a menos de um quilômetro da escola, palco dos ataques.
Milhares foram ao local prestar homenagens, formando uma grande fila do lado de fora. Alguns familiares chegaram a passar mal, sendo atendidos em ambulâncias.
O ministro da Educação, Ricardo Vélez, o secretário estadual da Educação Rossieli Soares e o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, passaram pelo velório.
O movimento de pessoas que não são das famílias foi grande na Arena circundada por dezenas de coroas de flores. Elas ficaram isoladas por uma grade que as separava dos familiares -os únicos próximos aos corpos.
Foram velados os estudantes Cleiton Antonio Ribeiro, 17; Caio Oliveira, 15; Samuel Melquiades Silva de Oliveira, 16; e Kaio Lucas da Costa Limeira, 15.