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Acusados de fazer parte de célula neonazista em SC são presos

Reprodução

Quatro acusados de fazer parte de uma célula neonazista em Santa Catarina foram presos em duas cidades do estado. O caso é investigado desde abril, quando um primeiro membro do grupo foi preso por tráfico de drogas, segundo mostrou reportagem do Fantástico, da TV Globo.

Os presos na quinta-feira (20) são três universitários e um auxiliar de escritório. Eles faziam parte de um grupo que era monitorado por conta das atividades nas redes sociais, onde publicavam mensagens de teor xenofóbico e vídeos com alusões nazistas. Uma das publicações traz o grupo falando alemão, exibindo uma bandeira nazista e atirando.

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“O que a gente tem procurado são aqueles indivíduos que trazem maior perigo para a sociedade e se estruturam de uma forma mais organizada”, explicou o delegado Arthur Lopes ao dominical.

Um dos presos foi localizado na casa onde morava com a mãe e irmãs mais novas. O grupo que ele faz parte tem como nome “Aniversário do Führer”, uma referência ao ditador nazista Adolf Hitler.

A polícia interceptou conversas em que um dos presos sugere que eles saiam para “matar mendigos”. “Todos os mendigos negros nordestinos deveriam ser fuzilados”, diz outro. 

Eles são investigados por associação criminosa armada, fabricação de arma de fogo e divulgação do nazismo. Uma impressora 3D que era usada para fabricar partes de armas foi apreendida com um deles.

A operação policial aconteceu em Joinville e São José. Os presos são um auxiliar de escritório de 27 anos, um estudante de engenharia automatica de 21 anos, um universitário que estuda letras, de 20 anos, e um estudante de Direito, de 20 anos. Os dois primeiros universitários são da UFSC. O terceiro contou à polícia que seu interesse no tema é por conta de uma “fixação estética” pela SS, milícia que administrava os campos de concentração da Alemanha na Segunda Guerra. 

As identidades dos quatro não foram divulgadas para “não atrapalhar as investigações”, diz a polícia. Todos negaram que planejavam algum ataque concreto, dizendo que toda troca de mensagens era “uma brincadeira”. 

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