Câmara considerou que a atuação da deputada ao longo do caso feriu o Código de Ética
Em plenário realizado na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (11), foi aprovado por 437 votos a 7, a cassação do mandato da deputada Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ). Ela é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.
O processo criminal ainda está em trânsito, mas os parlamentares consideraram que a atuação da deputada ao longo do caso feriu o Código de Ética da Câmara.
Alexandre Leite (DEM-SP), relator do caso, Flordelis usou seu cargo para coagir testemunhas e ocultar provas.
“[Tentou] obstruir as investigações com teses de latrocínio, confundindo a polícia, direcionando a polícia em caminhos diversos daqueles em que, de fato, encontrariam a verdade dos fatos”, disse o relator.
Flordelis é ré na Justiça, acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, e responde por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima -, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. A deputada nega participação no crime.
A cassação do seu mandato já havia sido aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara em junho por 16 votos a favor e 1 contra, a decisão final veio com o plenário da Câmara.