É de notório saber público que a viagem do homem à lua significou diversos marcos na história mundial. Na época, a corrida espacial para colocar o primeiro ser humano em nosso satélite espalhava e espelhava diversas dicotomias, sejam econômicas, políticas e sociais. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) junto com os Estados Unidos da América representavam os dois polos principais dessa luta, pelo lado soviético, Iuri Alexeievitch Gagarin foi o primeiro homem a viajar pelo espaço em 1961, já pelo viés americano, em 1969, Neil Armstrong fora considerado o primeiro ser humano a pisar em solo lunar. Esses acontecimentos marcaram a época, principalmente por expor as faças tecnológicas de ambas as nações.
Nos dias de hoje, compara-se a busca pela vacina da covid-19 com a corrida espacial de mais de 50 anos atrás. O desafio se funda em outra magnitude, já que existe cerca de 200 projetos de pesquisa da vacina ao redor do mundo, porém, apenas 15 estão na fase final de testes clínicos.
A corrida para desenvolvimento da vacina do coronavírus envolve outros temas além da saúde pública, garantia de perpetuação do poder no cenário interacional também está em jogo. Imaginemos, qual será a postura da comunidade internacional quando China ou Rússia anunciarem a vacila com 100% de eficácia? Qual será a reação do governo dos Estados Unidos ao perceber que outra grande nação alcançou o mérito?
Enfim, de uma coisa devemos está preparados: a corrida para a cura do covid-19 guiará (ou manterá) os protagonistas no sistema internacional.