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A derrota de Trump e suas recompensas

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Mesmo não tendo reconhecido sua derrota publicamente, Donald Trump sabe que é questão de tempo para que comece a escrever seu discurso de despedida. É questão de tempo para que o Colégio Eleitoral dos Estados Unidos anuncie oficialmente o democrata Joe Biden como o 46º presidente da nação mais importante do mundo. Por quais motivos então Trump continua a postergar e menosprezar a vitória de seu adversário? A resposta está unicamente baseada nas origens de qualquer candidatura: poder e dinheiro.

Já é de público conhecimento a complexo sistema eleitoral americano, em que cada estado tem sua respectiva autonomia para realização e contagem dos votos. Assim, existem estados que a recontagem dos votos se dá mediante pagamento de uma “singela” taxa de alguns milhões de dólares, perfeitamente justificados pela logística que toda a recontagem demanda, com pessoal e diferentes níveis de segurança. Contudo, o que não está sendo tão exposto assim, é que a campanha de Donald Trump está contactando seus apoiadores para realização de doações para ajudar nos custos dessa recontagem. E na prática isso representa atrair uma boa quantidade de dólares.

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Além de dinheiro, outro fator importante é exposto enquanto Trump se recusa a aceitar a derrota: o poder. Seus discursos inflamados e suas alterações nos cargos dos militares de defesa dos EUA são exemplificação de que o presidente quer demonstrar que ainda detém poder, e de forma velada, dá um recado para seus adversários e apoiadores mais distantes.

As eleições americanas de 2020 foram explicitamente uma das mais polêmicas da história, e essa falta de aceite por parte de Trump reflete as suas características expostas lá em 2016, no qual foi eleito com um discurso puramente extremista e com grandes sinais de que atitudes como essas não seriam nenhuma surpresa.

Resta de fato esperar um lapso de racionalidade por parte de Donald Trump e começar a estruturar a equipe de transição de governo, já que existe uma pandemia no quintal e os Estados Unidos da América já somam mais de 250 mil mortes. Que o lema da campanha vencedora de 2016 seja realmente utilizado, dessa vez por Joe Biden: faça a América grande de novo!

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