‘Serial killer do DF’ morreu? Veja o que se sabe até agora

Conhecido como 'serial killer do DF', Lázaro Barbosa Souza está foragido há mais de uma semana e vem sendo procurado pelas polícias do DF e de Goiás. Na noite desta quarta (16), surgiram boatos de que ele teria sido capturado, mas as Polícias Civil e Militar do Distrito Federal e de Goiás negaram a informação. “Lázaro ainda não foi encontrado. Permanece vivo e foragido da polícia. Todos os nossos esforços estão voltados, neste momento, para capturá-lo”, disse o delegado-geral da PCDF, Robson Cândido, ao site Metrópoles. Lázaro é acusado de matar quatro pessoas, balear três, invadir chácaras, fazer reféns e atear fogo em uma casa. A PM informou que ele disparou 15 tiros contra policiais militares de Goiás, em Cocalzinho, durante a sua fuga. Na tarde de domingo (13), ele quase foi preso na rodovia BR-070, próximo à cidade de Edilândia (GO), a 82 km de Brasília. Ele havia furtado um carro em uma chácara de Cocalzinho e abandonou o veículo, um Corsa vermelha, depois de avistar um ponto de bloqueio montado pela polícia na rodovia. Lázaro é condenado por um homicídio na Bahia, e também era procurado por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo no DF e em chácaras do estado de Goiás. Segundo a polícia, ele morou no Sol Nascente, no Distrito Federal, e em Águas Lindas de Goiás, no Entorno. Foragido e deixando rastro de violência: quem é o ‘serial killer do DF’

Por: Yahoo  Data: 18/06/2021 às 09:02

Conhecido como ‘serial killer do DF’, Lázaro Barbosa Souza está foragido há mais de uma semana e vem sendo procurado pelas polícias do DF e de Goiás. Na noite desta quarta (16), surgiram boatos de que ele teria sido capturado, mas as Polícias Civil e Militar do Distrito Federal e de Goiás negaram a informação.

“Lázaro ainda não foi encontrado. Permanece vivo e foragido da polícia. Todos os nossos esforços estão voltados, neste momento, para capturá-lo”, disse o delegado-geral da PCDF, Robson Cândido, ao site Metrópoles.

Lázaro é acusado de matar quatro pessoas, balear três, invadir chácaras, fazer reféns e atear fogo em uma casa. A PM informou que ele disparou 15 tiros contra policiais militares de Goiás, em Cocalzinho, durante a sua fuga.

Na tarde de domingo (13), ele quase foi preso na rodovia BR-070, próximo à cidade de Edilândia (GO), a 82 km de Brasília. Ele havia furtado um carro em uma chácara de Cocalzinho e abandonou o veículo, um Corsa vermelha, depois de avistar um ponto de bloqueio montado pela polícia na rodovia.

Lázaro é condenado por um homicídio na Bahia, e também era procurado por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo no DF e em chácaras do estado de Goiás. Segundo a polícia, ele morou no Sol Nascente, no Distrito Federal, e em Águas Lindas de Goiás, no Entorno.

Foragido e deixando rastro de violência: quem é o ‘serial killer do DF’

Um homem suspeito de matar uma família no Distrito Federal é procurado por várias forças de segurança após aterrorizar moradores durante sua fuga que já dura seis dias. Nas redes sociais, o caso passou a ser chamado de “serial killer do DF”.

Em 8 março de 2018, o suspeito chegou a ser preso pelo Grupo de Investigações de Homicídios de Águas Lindas, mas fugiu do presídio quatro meses depois, no dia 23 de julho. Desde então, Lázaro estava foragido.

Família assassinada no DF

Na madrugada de quarta-feira (9), o empresário Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, e os filhos dele, Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, e Gustavo Marques Vidal, 21 foram encontrados mortos em uma chácara na região conhecida como Incra 9, em Ceilândia, no DF. A esposa de Vidal, Cleonice Marques, 43, foi sequestrada e seu corpo só foi encontrado na tarde de sábado, em um córrego próximo a Sol Nascente, na Ceilândia.

Na quinta-feira, Lázaro Souza também teria entrado armado em uma residência que fica a 3 km de distância da chácara onde cometera os três assassinatos. A proprietária da chácara e o caseiro estiveram sob a mira do criminoso por mais de três horas. No local, obrigou os reféns a fumarem maconha, e fugiu levando mais de R$ 200 reais, celulares, jaqueta e carregador de celular.

Fuga para Goiás

Na sexta, o homem faz mais um refém e rouba um carro em Ceilândia, no DF, e vai para a cidade de Cocalzinho (GO), onde incendeia o veículo. Segundo investigações, lá ele teria contado com a ajuda de um comparsa.

Lázaro entrou na fazenda de Cocalzinho, a cerca de 110 km da Capital Federal na tarde de sábado, segundo nota divulgada pela PM do DF. O local pertencia à família de um soldado da PM de Brasília.

‘Serial Killer’ do DF pode pegar 300 anos de prisão

Lázaro já acumula sete inquéritos contra si. Além da chacina da família Vidal, ele é acusado de quatro roubos a chácaras, sendo o primeiro e 17 de maio, e um roubo seguido de estupro, em 26 de abril. Ao todo, seus crimes podem levar a uma pena de até 320 anos de prisão.

O delegado-chefe da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), Raphael Seixas, comanda a investigação de cinco crimes cometidos por Lázaro: os roubos e o ataque à família Vida. Ele avalia que “pode ser que surjam outros delitos”.

Já Adriana Romana, que chefia a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam 2), é responsável pela ocorrência do roubo seguido de estupro de mulher que estava grávida, em Sol Nascente. “Temos provas objetivas de que ele é o autor. Quando cometeu o crime, não sabíamos, mas a confirmação veio na semana passada, por meio de identificação civil com impressões digitais”, afirma.

Os crimes cometidos por Lázaro no Distrito Federal podem somar mais de 320 anos de reclusão, de acordo com o cálculo do advogado criminalista Alexandre Carvalho, ouvido pelo jornal Correio Braziliense. 

Ele pode ser condenado por violação de domicílio, sequestro, quatro homicídios e por latrocínio — roubo seguido de morte. “É preciso analisar se ele entrou para matar ou roubar. Se houve assassinato após assalto, a violação domiciliar é descartada, mas a pena começa a aumentar”, disse o advogado.

Carvalho explica que Lázaro só será julgado em tribunal do júri no caso de os crimes serem considerado homicídios. “Vislumbro 320 anos de cadeia. Hoje, a pena pode ser cumprida por até 40 anos em reclusão. Depois disso, ele será solto”, explica.

O prazo máximo tem relação com o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, da Organização das Nações Unidas (ONU), do qual o Brasil é signatário. “Na hora de aplicar a pena, o juiz observa se o crime é continuado (praticado em um período de 30 dias após outro) ou não. Se for o caso, ela aumenta”, afirma.

O foragido pode ainda ser condenado por uma tentativa de homicídio, por ter atirado contra um policial e o acertado de raspão no rosto na terça-feira (15), na região de Edilândia (GO). Na hora do ocorrido, ele fazia três pessoas reféns. O agente foi levado ao hospital de Anápolis (GO) e apresentava quadro estável.

Governador do DF sobre Lázaro: ‘Fazendo as polícias do DF e de Goiás quase de bobas’

Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, deu declarações sobre as buscas por Lázaro. “Está passando da hora dele ser preso e vir para a Papuda curtir sua pena, durante longos anos”, disse na manhã desta quarta-feira (16).

“Essa caçada nos impressiona muito, porque são quase 300 homens da polícia do Distrito Federal e de Goiás que estão atrás desse marginal e que não conseguiram ainda localizá-lo. Espero que isso aconteça o mais rápido possível, para que a gente possa tranquilizar as famílias daquela região e dar a punição devida a esse marginal que vem causando tanto mal e que vem fazendo a polícia do Distrito Federal e do Goiás quase como de bobas”, afirmou Ibaneis.

O pronunciamento foi feito depois do governador firmar a ratificação do termo de compromisso para regularização fundiária do Condomínio Privê Morada Sul, Etapa C, no Jardim Botânico.

Itens de bruxaria e rituais são encontrados na casa de Lázaro

Foram encontrados itens de bruxaria e que indicam a prática de rituais, pela Polícia Civil, na casa de Lázaro no dia 9 deste mês.

Os objetos foram encontrados na residência em que Lázaro vivia, no distrito de Girassol, no povoado Cocalzinho de Goiás, onde também mora seu pai. O delegado responsável pela investigação dos assassinatos, Raphael Barboza, busca saber se mais alguém residia no local e há quanto tempo Lázaro vivia lá.

Nas fotos tiradas pelos agentes de polícia, é possível ver a palavra “satan” (em inglês, que significa “satanás”) em uma das paredes.