A leitura é de fundamental importância para nossa formação intelectual. Através dela nós aprendemos a escrever melhor e expressar nossas opiniões. Existem vários tipos de textos que podem ser lidos, tais como: romance, ação, drama, aventura.
Na imensidão dos textos que temos para ler, tem um estilo que me chama muita atenção, de linguagem simples, com xilogravuras, trechos que rimam e discutem temas da nossa realidade nordestina e do Brasil. É um estilo que me ganhou desde pequena, muitas vezes é cantado, outras vezes é declamado. A nossa famosa Literatura em Cordel, é patrimônio cultural do povo nordestino e está ligada as histórias populares.
O termo Literatura de Cordel, de acordo com Uol Educação, está associado “aos folhetos de impressão precária” que ficam “expostos à venda pendurados em varais de barbante”. Esse modelo vem de Portugal, e também eram encontrados em outros países europeus. No Brasil a literatura de cordel está associada aos nossos colonizadores.
Por volta de 1750, apareceram os primeiros poetas populares que narravam sagas em versos, visto que a maioria desse povo, sequer sabia ler e as histórias eram decoradas e recitadas nas feiras ou nas praças. Às vezes, acompanhadas por música de violas (Uol Educação, 2021).
Nesse contexto da literatura oral, que a cultura popular vai sendo expressada nas ruas, nas praças, nas feiras e ganhando espaço na apresentação de vários temas que abrangem aspectos tradicionais e contemporâneos do Nordeste e do Brasil.
Os textos da Literatura de Cordel apresentam uma riqueza cultural muito grande e precisam ser valorizados nos espaços de educação, para que a cultura popular seja preservada e valorizada.
A literatura de cordel se organiza por versos com uma linguagem simples, seus folhetos tem ilustrações com xilogravuras (gravuras rústicas feitas a partir de entalhes em chapas de madeira – Uol Educação).
Para Laura Aidar “os repentistas, violeiros que cantam histórias rimadas em locais públicos” foram muito importantes para a popularização do cordel. No Nordeste, você tem oportunidade de apreciar a Literatura de Cordel em estados como Alagoas, Ceará, Paraíba, Pará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, seja nos espaços de artesanato, nas feiras ou nas praças, principalmente em espaços turísticos.
No que se refere aos autores e artistas da Literatura de Cordel no nordeste muitos poderiam ser mencionados aqui, mas os principais são: Apolônio Alves dos Santos, Cego Aderaldo; Firmino Teixeira do Amaral; João Ferreira de Lima; João Martins de Athayde; Manoel Monteiro; Leandro Gomes de Barros; José Alves Sobrinho; Homero do Rego Barros e Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva).