O modo que é definido como um usuário é perigoso não fica claro
O Facebook monitora e rastreia a localização de seus usuários, quando a equipe de segurança da empresa descobre que ele é uma ameaça a sua rede social. As informações são de uma reportagem do canal CNBC que foi apresentada na última quinta-feira (14/2).
A rede social monitora ativamente sua plataforma e busca por comentários ameaçadores. Isso pode incluir uma ameaça genérica a uma localização do Facebook ou uma ameaça direta a pessoas específicas. Depois que a empresa determina que a ameaça é verdadeira, ela usa dados dos seus produtos para rastrear a localização do usuário.
Um porta-voz do Facebook disse que eles usam medidas padrões do setor para avaliar e lidar com ameaças críveis feitas aos seus funcionários e à empresa.
De acordo com a CNBC, isso é feito usando dados de localização obtidos do aplicativo do usuário no Facebook ou um endereço IP coletado pela rede social quando a pessoa está ativa no “Facebook.com”. A reportagem também informou que os locais dos usuários só podem ser acessados depois de serem colocados em uma lista chamada “Fique de olho” (BOLO), quando suas ameaças forem julgadas como verdadeiras. Porém, não fica claro quem determina o que é uma ameaça verdadeira ou quais critérios uma ameaça deve cumprir para ser considerada verdadeira.
Ameaças específicas de violência podem levar um usuário à lista do BOLO. Mas reclamações mais vagas, como “Vai se ferrar, Mark Zuckerberg”, podem ser usadas como motivo para rastrear uma pessoa também, disse a reportagem. Além disso, o usuário não é notificado de que foi colocado na lista.
“Temos processos rigorosos projetados para proteger a privacidade das pessoas e cumprir todas as leis de privacidade de dados e os termos de serviço do Facebook. Qualquer sugestão de que nossa equipe de segurança física tenha extrapolado essas normas é falsa”, afirmou o porta-voz.
Outras plataformas usam técnicas semelhantes para rastrear ameaças, mas a CNBC informou que normalmente elas não têm acesso à localização em tempo real e a outros dados importantes, como no caso do Facebook. Os funcionários da área de segurança da rede social podem usar o próprio produto para identificar e rastrear qualquer pessoa que seja considerada um risco, além de tomar medidas extras, como chamar guardas adicionais ou entrar em contato com as autoridades.