“Eu sou essa gente que se dói inteira porque não vive só na superfície das coisas. Rachel de Queiroz (1910 – 2003)
Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza no Ceará em 17 de novembro de 1910 e viveu na cidade de Quixadá. A data de seu aniversário marca atualmente o dia da Literatura Cearense. Rachel escreveu poesias, romances, crônicas, contos e além de escritora foi também jornalista e tradutora. Foi a primeira mulher a entrar na Academia de Letras e também foi a primeira mulher a receber o prêmio Camões. A obra que eternizou a autora foi O Quinze, que lhe conferiu o prêmio da Fundação Graça Aranha.
O livro ‘O Quinze”, foi publicado aos seus 20 anos, em 1930. A obra conta com 26 capítulos e tem um forte enfoque regionalista. Esse livro marcou a história da literatura brasileira, pois ele foi inspirado na realidade em que a autora vivia, destacando a seca no Ceará em 1915, os fluxos migratórios para a Amazônia e para o Sudeste, a miséria, a fome, a pobreza no Nordeste.
Sua vida política foi marcada por sua militância no Partido Comunista Brasileiro. Foi presa no Governo de Getúlio Vargas no Ceará por defender ideias de esquerda. Devido sua decepção em relação ao Partido Comunista, Rachel chegou a romper com o mesmo.
Em 1937 escreveu o livro “O caminho das Pedras, um livro que retrata os problemas humanos, destaca as questões políticas, as questões educacionais e exalta a participação feminina na vida pública.
Rachel de Queiroz é conhecida por muitas de suas obras como: O Quinze, 1930; João Miguel, 1932; Caminho de Pedras, 1937; As Três Marias, 1939; A Donzela e a Moura Torta, 1948; O Galo de Ouro, 1950; Lampião, 1953; A Beata Maria do Egito, 1958; Cem Crônicas escolhidas, 1958; O Brasileiro Perplexo, 1964; O Caçador de Tatu, 1967; O Menino Mágico, 1969; Dora, Doralina, 1975; As Menininhas e Outras Crônicas, 1976; O Jogador de Sinuca e Mais Historinhas, 1980; Cafute e Pena-de-Prata, 1986; Memorial de Maria Moura, 1992; Cenas Brasileiras, 1995; Nosso Ceará, 1997; Tantos Anos, 1998; Memórias de Menina, 2003; Pedra Encantada, 2011.
Em 2003 a cidade de Quixadá inaugurou um memorial “Centro Cultural Rachel de Queiroz” e uma Fazenda intitulada “não me deixes” pertencente a autora, ambos abertos para visitação. No centro Cultural encontra-se livros, documentos, fotos, roupas do vestuário e até objetos que pertenceram a Rachel de Queiroz.
Estudar é tão revolucionário, que muitas vezes somos impedidos(as) de termos acesso a uma boa educação. É por isso que o @escrevenordeste quer incentivar vocês a conhecerem um pouco do legado de autoras e autores do Nordeste, para você se inspirar e ir além (Raqueline da S. Santos)
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