Cardiologista do HGE alerta sobre os cuidados necessários para a saúde do coração

Por: Ascom HGE/Thallysson Alves  Data: 25/09/2020 às 05:53

Sol, mar, calor e paisagens belíssimas inspiram um passeio, um lazer fora de casa. Sejam através de caminhadas, mergulhos em praias, banhos em piscinas, esses programas são ótimos para divertir as famílias e amigos, além de estimular a prática de exercícios físicos, imprescindíveis para prevenir as doenças cardiovasculares. O problema é que, em razão da pandemia da Covid-19, o isolamento social foi necessário, mas, com ele, grande parte da população deixou de se exercitar, aumentou a ingestão de bebidas alcoólicas, o consumo de alimentos calóricos e passou a abusar do tabagismo, que são fatores estritamente ligados a problemas no coração.

Para evitar futuras lamentações, o cardiologista do Hospital Geral do Estado (HGE), Alex Vieira, recomenda prudência em todas as decisões e atos e uma análise do modo de vida que cada cidadão passou a adotar após a pandemia da Covid-19. Segundo ele, ainda é frequente a chegada de pacientes no maior hospital público de Alagoas com doenças cardiovasculares desenvolvidas por descuidos com a própria saúde, onde os exames registram altos níveis de glicemia, que são, na maioria das vezes, fruto de uma alimentação desregrada e da falta de exercícios físicos diários.

“Com seis meses ouvindo que a melhor conduta para evitar o contágio da Covid-19 é ficar em casa, é compreensível que muita gente tenha deixado de procurar o médico, tenha comido bastante, tenha abandonado as atividades físicas e, agora, com a flexibilização dos protocolos da pandemia, tudo o que mais deseja é sair de casa. Mas, é importante que a saúde seja lembrada. A consulta médica nesse momento é importante, principalmente aos acometidos por doenças crônicas, pois um checkup pode afastar a instalação de doenças graves, como o AVC [Acidente Vascular Cerebral] e o infarto”, disse o médico do HGE.

Ângela Maria Medeiros, de 45 anos, tem uma filha e reside no município Olho D’Água das Flores. Ela é portadora de uma cardiomegalia, condição grave e de difícil tratamento, que provoca cansaço intenso, falta de ar, tonturas, fraqueza, aumento da pressão arterial, diminuição da urina. Problemas que são consequências do crescimento exagerado do coração, o que compromete o bombeamento do sangue para todo o corpo. Mesmo assim, ela confessou que, de vez em quando, segundo revelou, fuma um cigarrinho.

Ângela Maria Medeiros descobriu a cardiomegalia quando tinha 30 anos e, desde então, faz tratamento para evitar complicações

“Eu descobri a doença quando tinha uns 30 anos, ao buscar tratamento para uma artrite. Desde então passei a adotar novos hábitos que ajudassem o desempenho do meu coração. O meu medo dessa vez foi porque os incômodos foram mais intensos. O meu atendimento iniciou em Santana do Ipanema, depois fui trazida para o HGE. Eu estava tensa, não queria vir, não gosto de hospital, mas, compreendia que era o melhor para mim. Todo o atendimento achei bom. Fizeram tudo o que podiam para que eu melhorasse, mas, como o problema que tenho não existe cura, tenho que apostar no tratamento e adotar hábitos saudáveis, além de utilizar corretamente as medicações para minimizar os efeitos”, relatou Ângela Maria Medeiros.

De acordo com o cardiologista do HGE, mesmo ainda durante a pandemia, os acometidos por doenças crônicas, que antes receberam a orientação de evitar as consultas, devem voltar a procurar atenção médica preventiva. Isso porque, é muito possível que os níveis de colesterol, de glicemia e da pressão arterial estejam alterados, consequência de alguns escapes na alimentação, falta de atividade física e outros desleixos. Com o diagnóstico precoce, mais eficácia recebe o tratamento e menos riscos à vida.

“Vale lembrar que estamos entrando em uma estação mais quente, cujo calor e a umidade facilitam a perda de água e de sais minerais, através da transpiração e da respiração. Em dias de altas temperaturas, como costumamos conviver, o organismo precisa fazer mais esforço para se manter funcionando e adquirir mais energia, o que faz acelerar o ritmo dos batimentos cardíacos”, explicou Alex Vieira.

Além das recomendações já ditas, o cardiologista do HGE sugere o consumo de peixes, frutas, água de coco e sucos naturais, pelo menos seis horas de descanso diariamente e prática de atividades físicas pelo menos duas vezes por semana. Tudo seguindo as orientações de prevenção ao contágio da Covid-19, ou seja, cobrindo nariz e boca com máscara, higienizando regulamente as mãos e evitando ambientes com aglomerações de pessoas.