4 anos depois, veja como está o menino que foi abandonado por ser ‘bruxo’

“Olhe para o meu Hope! Ele não é o garoto mais bonito do mundo?”. A frase é dos pais de Hope, que resgataram o menino há 4 anos, como mostrou na época o SóNotíciaBoa. O garotinho tinha dois anos e foi abandonado em uma aldeia da Nigéria porque os pais achavam que ele era feiticeiro, um bruxo, crença comum em algumas partes da África. Felizmente ele a organização Land of Hope – Terra da Esperança – o encontrou e salvou a criança que aparece na foto acima faminta e com sede, recebendo água da mulher que o adotou: a dinamarquesa Anja Ringgren Lovén. Anja, é diretora da ONG, uma associação que salva bebês abandonados da realidade de serem torturadas, ou mesmo assassinadas por superstição. Em 2012 ela decidiu começar a associação que já ajudou mais de 100 crianças até hoje. Ela até adotou alguns deles, como o Hope. “Antes de Hope, já havíamos salvado mais de 50 crianças que também estavam em péssimas condições, por isso estávamos bem preparados. Os pais de Hope não estavam na aldeia, eles o deixaram na rua e os moradores alegaram que ele era um mago. Levamos Hope ao hospital para tratamento e você sabe o resto da história. Hoje ele é um garoto forte e saudável que gosta de ir à escola e brincar com seus amigos da Terra da Esperança”, disse Anja Ringgren Lovén ao Vanguard. Vida nova

Por: SNB com UpSocl  Data: 24/09/2020 às 08:07

“Olhe para o meu Hope! Ele não é o garoto mais bonito do mundo?”. A frase é dos pais de Hope, que resgataram o menino há 4 anos, como mostrou na época o SóNotíciaBoa.

O garotinho tinha dois anos e foi abandonado em uma aldeia da Nigéria porque os pais achavam que ele era feiticeiro, um bruxo, crença comum em algumas partes da África.

Felizmente ele a organização Land of Hope – Terra da Esperança – o encontrou e salvou a criança que aparece na foto acima faminta e com sede, recebendo água da mulher que o adotou: a dinamarquesa Anja Ringgren Lovén.

Anja, é diretora da ONG, uma associação que salva bebês abandonados da realidade de serem torturadas, ou mesmo assassinadas por superstição.

Em 2012 ela decidiu começar a associação que já ajudou mais de 100 crianças até hoje. Ela até adotou alguns deles, como o Hope.

“Antes de Hope, já havíamos salvado mais de 50 crianças que também estavam em péssimas condições, por isso estávamos bem preparados. Os pais de Hope não estavam na aldeia, eles o deixaram na rua e os moradores alegaram que ele era um mago. Levamos Hope ao hospital para tratamento e você sabe o resto da história. Hoje ele é um garoto forte e saudável que gosta de ir à escola e brincar com seus amigos da Terra da Esperança”, disse Anja Ringgren Lovén ao Vanguard.

Vida nova

Este ano Anja compartilhou fotos mostrando como o pequeno Hope está agora e festejou a vida.

“Quero compartilhar fotos de Hope como ele se parece hoje, 4 anos após o resgate. Um menino muito forte, inteligente, engraçado e lindo que, apesar de todas as adversidades, sobreviveu!”, escreveu.

Veja o texto lindo que ela escreveu:

“Hope viu muitas vezes a famosa foto dele comigo. Ele vai apontar para si mesmo pra dizer que é ele na foto e então vai sorrir, como se estivesse orgulhoso. Mas eu sei que não é sobre orgulho. As crianças nascem com a capacidade de perdoar. As crianças nascem sem preconceitos. Quando as crianças aprendem o que pensar e não como pensar, falhamos como sociedade”.

Ela pergunta:

“Criamos Hope para odiar seus pais que o abandonaram, acusaram-no de ser feiticeiro e o deixaram sozinho na rua para morrer? Não, claro que não.  A superstição é causada pela falta de educação estrutural, pobreza extrema, fanatismo religioso e corrupção”.

E alerta:

“Nenhuma sociedade pode se desenvolver se as pessoas forem privadas dos direitos humanos básicos, como acesso à educação, saúde e proteção social. A educação é o investimento mais poderoso em uma sociedade e a maior arma contra a ignorância”.

Anja conclui falando do Hope de hoje:

“Como todos os nossos 74 filhos, Hope vai à escola todos os dias. A escola é a principal fonte de conhecimento a que as crianças podem ter contato. Apesar de sua pouca idade, e depois de 4 anos sob nossos cuidados, Hope sabe que o ódio é um fardo muito grande para carregar. Só precisamos de amor”.

“Como já disse muitas vezes, Hope não foi resgatado apenas por mim. Hope foi resgatado por @davidumem @nsidibeorok e eu, e durante 4 anos ele tem sido amado, protegido e cuidado por todos os nossos funcionários e crianças na Terra da Esperança”.