Irmãos Boiadeiro são condenados por homicídio

Por: Redação / TJ/AL  Data: 05/02/2019 às 13:05

Pretinho Boiadeiro foi condenado a 58 anos; Baixinho teve pena de 45 anos; Pé de Ferro cumprirá 58 anos

O Tribunal do Júri da 8ª Vara Criminal de Maceió condenou, nesta terça-feira (5), os acusados de matar Edivaldo Joaquim de Matos e Samuel Theomar Bezerra Cavalcante Júnior, além da tentativa de homicídio contra Theobaldo Cavalcante Lins Neto, em maio de 2006. A sessão foi conduzida pelo juiz titular, John Silas da Silva.

O magistrado decretou a prisão preventiva dos réus José Anselmo Cavalcanti de Melo (Pretinho Boiadeiro), José Márcio Cavalcanti de Melo (Baixinho Boiadeiro) e Thiago Ferreira dos Santos (Pé de Ferro).

Pretinho Boiadeiro foi condenado a 58 anos e 4 meses de reclusão, Baixinho Boiadeiro foi condenado a 45 anos e 10 meses e Pé de Ferro foi condenado a 58 anos e 4 meses. Os acusados deverão cumprir pena em regime inicialmente fechado no presídio de segurança máxima do Estado.

Ao fundamentar a prisão, o juiz John Silas destacou que testemunhas afirmaram temer por suas vidas, deixando claro que a família dos Boiadeiros é reconhecida amplamente por ser destemida e intimidadora.

“Mais que isso, Theobaldo Cavalcante Lins Neto, informa em seu depoimento que teme pela sua vida. Aos assombros de ameaças que se concretizaram, as pessoas atingidas pelos crimes cometidos pela Família Boiadeiro vivem amedrontadas e reclusas, como a própria vítima sobrevivente relata”, diz a sentença.

Durante o júri, o advogado dos réus, Raimundo Palmeira, tentou convencer os jurados de que os três acusados não participaram do crime. “O réu responsável pelo homicídio se apresentou, muito posteriormente, e confessou o crime. As testemunhas são praticamente unânimes em dizerem que estes réus não participaram da empreitada”, disse.

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Emanuel Messias de Melo Araújo, o Emanuel Boiadeiro (falecido), teria efetuado os disparos contra as três vítimas. Mas o promotor Antônio Villas Boas sustentou que todos são culpados.

Foi acusado ainda nesse crime José Marcos Silvino dos Santos, também falecido.