Pedreiro alagoano é executado a tiros enquanto trabalhava no Paraná

Jovem tinha 25 anos e deixa dois filhos; família arrecadou quase R$ 10 mil para levar o corpo para Alagoas

O pedreiro Ricardo Henrique de Oliveira dos Santos, de 25 anos, foi assassinado no final de agosto com oito tiros nas costas enquanto trabalhava em uma obra, em Londrina, no norte do Paraná. Um casal suspeito de ter envolvimento no crime foi preso no litoral de Santa Catarina nesta quarta-feira (10).

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Pedreiro alagoano é executado a tiros enquanto trabalhava no Paraná

Os suspeitos, identificados como Matheus Cerdeira e Thalita Cristina de Campos, foram presos no balneário Barra do Sul, mais de duas semanas depois do crime. “A gente fez contato com a Delegacia de Homicídios de Joinville e conseguiram localizar o endereço dos suspeitos”, explicou o delegado Miguel Chibani à Ric RECORD Londrina.

Ricardo é natural de Alagoas e se mudou para o Paraná em 2020 para trabalhar como pedreiro. Em um dos últimos áudios enviados à família, a vítima relatava o desejo de visitá-los após arrecadar uma quantia de dinheiro. O pedreiro deixa dois filhos — de três e seis anos.

“Vou trabalhar e juntar um dinheiro para eu poder ir para Alagoas, passar um tempo. Estou muito tempo longe de você e da minha mãe. Vou passar um tempo lá e voltar para cá construir minha casinha, se Deus quiser”, disse o jovem.

A irmã do pedreiro, Rikely Silva dos Santos, revelou à Ric RECORD Londrina como a família recebeu a notícia da morte de Ricardo.

“A gente estava em casa, e meu irmão mais novo chegou e disse para mim: ‘Acho que está acontecendo alguma coisa com o Ricardo lá onde ele está porque ligaram para mim várias vezes’. Depois de um tempo, nós fomos ver as mensagens e tinha uma dizendo que ele tinha morrido”, disse, abalada.

O corpo de Ricardo foi levado para Alagoas após a família arrecadar R$ 9,5 mil por meio de uma vaquinha virtual. Rikely afirmou que a família agora está mais aliviada com a prisão do casal.

As investigações apontam Matheus como autor dos disparos. No dia do crime, Thalita esperou o marido em uma motocicleta para fugirem.

Segundo o delegado, Matheus usava a conta corrente da vítima para fazer transações financeiras. “Por algum motivo, a vítima impediu que ele tivesse acesso aos valores que estavam creditados nesta conta. Então, essa discussão já estava travada há algum tempo. Como não houve a devolução do valor, ele efetuou os disparos”.