Corpo da criança estava de cabeça para baixo em buraco perto de lixão
Uma mulher de 29 anos foi presa após confessar que enterrou viva a própria filha de 10 anos. Em depoimento, a mãe da menina admitiu que matou a filha porque a menina tinha acusado o padrasto, de 47 anos, de abuso sexual. O caso aconteceu em Brasilândia, no Mato Grosso do Sul.
O corpo da menina foi encontrado enterrado de cabeça para baixo em um buraco perto do lixão da cidade.
De acordo com a Polícia Civil, o irmão da vítima, de apenas 13 anos, admitiu que ajudou a mãe a cometer o crime. A polícia desconfiou dele após ver arranhões em suas pernas e o apreendeu.
Ele revelou que a mãe ficou com raiva da filha depois que ela falou que estava sendo abusada sexualmente pelo padrasto. Ela ameaçou a menina de morte caso ela não parasse de falar sobre o assunto. Ainda segundo o garoto, ela chamou os filhos para sair de carro e dirigiu até uma estrada deserta. Ela então tirou a filha do carro, a derrubou no chão e estrangulou a menina com um fio de telefone.
Depois de a menina ficar inconsciente, eles colocaram a menina em um buraco perto do lixão da cidade. Segundo o garoto, a irmã pedia socorro mesmo dentro da cova.
A polícia afirma que, inicialmente, a própria mãe denunciou desaparecimento da filha. Na versão inicial, ela contou que deixou a menina e o irmão em uma praça próxima de casa. Horas depois, no entanto, ela ligou para a delegacia e confessou que tinha matado a filha e queria se entregar.
A perícia revelou que a causa da morte da menina foi asfixia mecânica por compressão do tórax, o que coincide com o relato do adolescente.
Uma testemunha contou que, ainda no ano passado, a menina já tinha acusado o padrasto de abuso. No entanto, a vítima teria dito que não poderia falar nada com ninguém por medo de apanhar da mãe.
A mulher foi indiciada em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, e sem chance de defesa da vítima, além de crime praticado para ocultar outro crime; ocultação de cadáver e corrupção de menor.
Ela já tinha registro criminal por tráfico de drogas e furto.
O padrasto da menina está sendo investigado por participação no crime, além de estupro de vulnerável. Ele teve a prisão preventiva decretada.