Justiça manda soltar prefeito preso por crime de homicídio, flagrado com pistola e cocaína

Por: Redação / Com Agências  Data: 27/12/2019 às 06:05

Leopoldo Pedroso foi preso pela morte de um corretor de imóveis em São Miguel dos Campos

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), concedeu prisão domiciliar ao prefeito de Maribondo, Leopoldo César Pedrosa (PRB-AL), preso pela morte de um corretor de imóveis, assassinado em 2015. Em maribondo a população tem medo de comentar sobre o caso.

Leopoldo Pedrosa foi detido em um bar na cidade de Arapiraca no dia 20. O político foi flagrado com uma pistola. Durante a operação, a polícia apreendeu um quilo de cocaína na fazendo onde o prefeito mora. A droga está avaliada em R$ 50 mil.

“Demos voz de prisão, pelo cumprimento do mandado, além do flagrante, em razão da pistola. E, concomitantemente, uma outra equipe foi na fazenda onde ele reside”, explicou o delegado João Marcello, titular da 6ª DRP em São Miguel dos Campos.

O prefeito ficou quatro dias preso e, por meio de um habeas corpus, no Tribunal de Justiça de Alagoas, conseguiu reverter o cumprimento da pena para prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.

Os advogados de defesa alegaram que Leopoldo Pedrosa não poderia ficar afastado do município por quinze dias, pois haveria a possibilidade de cassação do mandato. “Uma vez havendo a perda do mandato, o povo de Maribondo estaria, sim, sendo violado a democracia, uma vez que o povo escolheu que ele estivesse lá como prefeito”, explicou o advogado de Leopoldo, Douglas Bastos.

A Câmara de Vereadores da região está em recesso. O presidente da Casa, no entanto, afirmou que irá convocar uma sessão extraordinária nos próximos dias para discutir o assunto.

“Se o prefeito não tem a liberdade de ir até a prefeitura, está claro e evidente que está complicada a vida do prefeito nesse sentido. Até porque, para se governar, ele tem que estar com o público, se ele tiver que se deslocar, como é que ele vai num povoado?”, argumentou Hugo Ribeiro, presidente da Câmara.

Em 2017, Leopoldo Pedrosa passou quatro meses preso, acusado de espancar a ex-mulher e a ex-sogra. Ele responde também pelo crime de porte de documentação falsa. O político deve fazer uso de tornozeleira eletrônica.