Casos de pedofilia em colégio católico abalam Igreja, na terra natal do Papa Francisco
Dois padres foram condenados a mais de 40 anos de prisão por abusos sexuais de menores com deficiência auditiva, num instituto católico da cidade de Mendoza, na Argentina, em mais um caso que abala a Igreja Católica, desta vez na terra natal do atual Papa.
Nicola Corradi e Horacio Corbacho foram condenados a 42 e 45 anos de prisão, respectivamente, pelo Tribunal Penal Colegiado 2, que ainda condenou um jardineiro, Armando Gómez, a 18 anos de prisão.
Segundo o jornal Washington Post, as autoridades de Mendoza são ainda obrigadas a acompanhar as vítimas e a garantir medidas reparadoras.
Corradi, um italiano de 83 anos, e Corbacho, um argentino de 59 anos, foram detidos em 2016, quando começaram a surgir as primeiras denúncias sobre os crimes sexuais praticados no instituto católico .
O Instituto Antonio Próvolo é alvo de uma mega investigação com relação a crimes de pedofilia, sendo este apenas o primeiro julgamento. Algumas vítimas estavam presentes durante a leitura da sentença.
Ariel Lizárraga, pai de uma das vítimas abusadas no Instituto Próvolo, afirmou ao jornal Clarín, após a decisão do tribunal, que a sentença era importante para a Argentina e “para o mundo”. “Pedimos ao mundo que se disponha a falar, a denunciar os padres e a Igreja”, afirmou.