O Movimento Unificado dos Servidores Públicos de Alagoas se reuniu com o Governo do Estado na terça-feira (30) e foram surpreendidos com o anúncio do reajuste geral pelas secretarias da Fazenda e Planejamento e Gestão.
A Secretária Especial do Tesouro Estadual, Monique Souza de Assis, apresentou os números do governo, que alegou aumento das despesas com a reestruturação das carreiras do ano passado, revisão salarial no ano passado, o que segundo ela, houve incremento de R$ 1 bilhão na receita.
Por conta do aumento das despesas, o secretário de Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), Gabriel Albino, disse que o Comitê de Negociação Sindical do Estado de Alagoas – Cones-AL não recomenda o reajuste salarial.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas – Sindpol, Ricardo Nazário, destacou que é lamentável o tratamento do governo. “É um tapa na cara dos servidores públicos esse reajuste zero. Vamos para o enfrentamento chamar a categoria”, afirmou.
A presidente da CUT, Rilda Alves, destacou que o Estado nunca arrecadou tanto, e os servidores estão com perdas inflacionárias desde o governo Renan. “Em contrapartida, o governo autoriza aumento de energia elétrica em 17%. O mês de maio está sendo finalizado com nada para os servidores”, disse.
O gráfico do Governo também foi questionado, pois mostra 40,90% (em 2022) de Receita Corrente Líquida, pulando para 51,37% em 2023, já incluindo o IPCA deste ano (5,78%).
O Movimento Unificado dos Servidores Públicos irá se reunir para definir ações de mobilização contra o reajuste zero.