De janeiro a março de 2023, foram registrados 391 surtos de mão-pé-boca, em São Paulo, em comparação com 157 notificações no mesmo período do ano passado, representando um aumento de 149%.
O Rio Grande do Sul já registrou mais surtos da síndrome mão-pé-boca em 2023 do que no ano passado inteiro.
Até o momento, foram notificadas 86 ocorrências em 39 municípios, totalizando 978 casos da doença no estado.
De acordo com dados fornecidos pela Secretaria Municipal da Saúde, até o momento, foram registrados 13 surtos da doença em Belo Horizonte (MG).
O que é Síndrome Mão-pé-boca?
Os casos de “mão-pé-boca” já afetaram 167 crianças em 12 escolas de Florianópolis (SC) em 2023. A Síndrome Mão-Pé-Boca é uma doença viral comum em crianças, causada principalmente pelo vírus Coxsackie.
A doença é altamente contagiosa e pode se espalhar rapidamente em ambientes com muitas crianças, como creches e escolas.
Sintomas
Os sintomas da Síndrome Mão-Pé-Boca geralmente aparecem cerca de três a sete dias após a exposição ao vírus Coxsackie e podem incluir:
- Febre
- Dor de garganta
- Erupções cutâneas nas mãos, nos pés e às vezes nas nádegas
- Úlceras dolorosas na boca e na língua
- Mal-estar geral
- Perda de apetite
- Irritabilidade em crianças pequenas
A erupção cutânea que acompanha a Síndrome Mão-Pé-Boca geralmente começa como pequenas manchas vermelhas na boca e na garganta, que se desenvolvem em úlceras dolorosas.
Em seguida, pequenas bolhas cheias de líquido aparecem nas mãos, nos pés e, às vezes, nas nádegas, que podem se romper e formar crostas.
As erupções cutâneas geralmente não causam coceira, mas podem ser desconfortáveis.
É importante notar que nem todas as pessoas infectadas com o vírus Coxsackie apresentam sintomas, e mesmo aquelas que apresentam sintomas geralmente se recuperam completamente sem complicações graves.
No entanto, em casos raros, a doença pode levar a complicações mais graves, como meningite ou encefalite.
Se você suspeitar que possa ter a Síndrome Mão-Pé-Boca, é sempre importante consultar um médico para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
Prevenção
Para prevenir a Doença Mão-Pé-Boca, é essencial adotar medidas rigorosas de higiene pessoal e ambiental, pois o vírus pode persistir no ambiente por semanas em temperatura ambiente, o que pode perpetuar o surto.
Algumas medidas preventivas importantes incluem:
- Manter uma boa higiene pessoal e do ambiente em que as crianças têm acesso, incluindo a lavagem frequente das mãos com água e sabão;
- Ter cuidado especial durante a troca de fraldas, evitando compartilhar objetos como pomadas e lenços umedecidos;
- Evitar qualquer ação que possa levar ao contato das mãos com a boca;
- Higienizar itens de uso pessoal e do ambiente com solução de álcool etílico 70% ou desinfecção com solução clorada. Objetos pessoais devem ser higienizados antes de retornarem ao uso;
- Evitar a circulação de crianças menores de cinco anos em aglomerações públicas durante os períodos de surto.
Seguindo essas medidas preventivas, pode-se reduzir significativamente a probabilidade de contrair ou espalhar a Doença Mão-Pé-Boca.
Tratamento
Não há tratamento específico para a Doença Mão-Pé-Boca, e geralmente a recuperação ocorre de forma espontânea em um período de 7 a 10 dias.
No entanto, para aliviar os sintomas, o uso de analgésicos e antitérmicos pode ser recomendado, juntamente com medidas para manter uma boa hidratação, como beber líquidos frequentemente.
É importante lembrar que o uso de antibióticos não é eficaz no tratamento da DMPB, pois se trata de uma doença viral.
Em casos mais graves, pode ser necessário o acompanhamento médico e a internação hospitalar para tratar complicações, como desidratação e infecções secundárias.