Uma carcaça de tubarão-baleia – o maior peixe do mundo – foi encontrada na Baía de Vitória, golfo localizado entre os municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra, no Espírito Santo, na última segunda-feira, dia 27.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Campos e Espírito Santo (PMP-BC/ES) foi acionado para verificar a ocorrência. Também estiveram no local as equipes da Ambipar, do Projeto Baleia Jubarte (PBJ) e do Instituto ORCA.
Ao analisarem as características do animal, os especialistas concluíram que a carcaça encontrada pertencia a um animal da espécie Rhincodon typus – o tubarão-baleia.
Segundo o Instituto ORCA, o cadáver era uma fêmea adulta, com cerca de 11,6 metros de comprimento e peso estimado em 12 toneladas.
Ainda de acordo com a entidade, o animal aparentava estar saudável e bem nutrido, com significativa camada de gordura. “O exame do estômago indicou que estava se alimentando normalmente e não foi encontrado nenhum material estranho como plásticos, borrachas, comuns nos lixos oceânicos”, diz uma postagem do instituto no Instagram.
Amostras de tecidos foram coletadas para posteriores análises de possíveis doenças ou contaminação.
O animal será enterrado em um local apropriado a ser indicado pela Secretaria de Meio Ambiente de Vila Velha.
Agradecemos à Prefeitura e suas secretarias de Meio Ambiente e Obras que não mediram esforços para apoiar e nos ajudar no resgate e destinação da carcaça do tubarão-baleia encalhado, com a disponibilização de equipe e maquinário, tornando todo o processo viável.
Instituto Orca, via Instagram.
Sobre o tubarão-baleia:
- Essa espécie de peixe existe há cerca de 60 milhões de anos;
- Eles podem viver até 100 anos;
- Indivíduos adultos de cinco a 10 metros já foram encontrados, mas acredita-se que esse animal pode crescer até 18 metros de comprimento;
- O espécime mais leve já visto tinha mais de 12 toneladas, e o maior tubarão-baleia já registrado pesava 34 toneladas;
- Esse tipo de peixe tem uma cabeça achatada com um focinho reto acima da boca, dorso e laterais cinza e marrons com manchas brancas e barriga branca;
- Eles se alimentam de outros peixes e plâncton, não representando riscos diretos aos seres humanos,
- Geralmente, são encontrados entre a superfície e os 100 m de profundidade, já que preferem águas quentes, com temperaturas de 21ºC a 25°C;
- Essa espécie, atualmente, é classificada como vulnerável (em perigo de extinção).