Imagens dos manifestantes de São Miguel do Oeste na manhã da quarta-feira, dia 2, durante um ato em frente ao 14º RCMec, replicaram nas redes sociais e mídias nacional sendo citadas como saudação nazista. O Jornal Razão publicou, mais cedo, um artigo de autoria do Diretor do JR, Lorran Barentin, onde evidenciamos o que de fato ocorreu para a narrativa ganhar as redes sociais e jornais de todo o Brasil.
De acordo com os participantes, a pessoa que falava ao microfone conduzindo os cantos, hinos, oração, em um dos momentos de executar o Hino Nacional, pediu para que todos os participantes colocassem a mão no ombro da pessoa que estava à frente para passar boas energias, como algumas pessoas estavam nas laterais, ou não tinha alguém próxima na frente, apenas estenderam a mão para frente.
Algumas pessoas estavam em cima de locais mais altos e estenderam a mão junto, mas no sentido de passar boas energias como a pessoa tinha orientado no microfone, afirmam os participantes, conforme revela reportagem do Jornal Folha do Oeste, parceiro do Jornal Razão e também membro da Adjori – SC.
E sobre a imagem que os participantes estavam ajoelhados na frente do Exército, eles citam que este foi o momento de oração, do Pai Nosso, e por isso se ajoelharam. “Tranquilamente foi isso que aconteceu. Queremos esclarecer que não foi nada disso que estão divulgando, isso está sendo feito por maldade”.
“Foi pedido para o pessoal se ajoelhar, rezar, e quando o pessoal se levantou foi cantado o Hino Nacional. Foi pedido para o pessoal colocar a mão no ombro um do outro. Dar uma energia positiva, que a gente está precisando, e o pessoal que estava na frente erguer a mão em direção ao Quartel”, reforça outro participante do ato, apontando que este também era um pedido de ajuda.
“Prefiro acreditar que elas (pessoas que divulgaram a situação) sejam doentes, porque o que esse povo fala, a quantia de mentira que é colocada no ar, tudo para desmoralizar as pessoas de bem, chega a ser uma coisa repugnante”, complementa.
A história repercutiu e passou a ser investigada pelo Ministério Público de Santa Catarina.
Diante da informação inicial do MPSC, de que o caso configuraria apologia e de que trabalhava para identificar os participantes do protesto, o caso repercutiu nacionalmente.
O Gaeco ouviu testemunhas desde a manhã desta quarta-feira (3) e conseguiu comprovar que os participantes não sabiam que o gesto de estender o braço direito poderia ser associado a uma saudação ligada ao nazismo.
O órgão, que integra o Ministério Público de Santa Catarina, entendeu que o gesto não foi apologia nazista e arquivou o inquérito.