A Petrobras informou de ontem, dia 1°, que já recebeu cerca de R$6,7 bilhões referente aos casos de corrupção que foram revelados pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. Nesta terça-feira, a estatal informou que chegou a esse montante com a recuperação no último trimestre de cerca de R$ 439 milhões, através de acordos de leniência com Camargo Corrêa, Novonor (antiga Odebrecht) e SBM, bem como acordo de colaboração com Pedro Barusco, ex-gerente da estatal.
Ao todo, a Petrobras atua como coautora do Ministério Público Federal e da União Federal em 32 ações de improbidade administrativa. É ainda assistente de acusação em 90 ações penais relacionadas aos ilícitos investigados pela Operação Lava Jato.
Segundo a estatal, a Camargo Corrêa devolveu, no mês de outubro, R$ 235,6 milhões à Petrobras e outros R$ 6,9 milhões à Transpetro, subsidiária da companhia e contemplada no mesmo acordo de leniência, além de R$ 88 milhões já recebidos anteriormente, que representam algumas das parcelas do montante total a ser devolvido.
A Novonor, por sua vez, pagou R$ 71,3 milhões para a Petrobras e outros R$ 728 mil para Transpetro, que representam parte do montante total a ser devolvido, que deverá ser pago por meio de 22 (vinte e duas) parcelas anuais
Os acordos de leniência da Camargo Corrêa e da Novonor foram celebrados com o Ministério Público Federal (MPF), bem como com a Controladoria Geral da União (CGU) e Advocacia Geral da União (AGU). Já o acordo com a SBM foi feito com a Petrobras, além da CGU e da AGU.
A SBM devolveu para a Petrobras R$ 113,7 milhões entre agosto e outubro de 2022. Aproximadamente R$ 48,7 milhões foram pagos diretamente à companhia e outros R$ 64,9 milhões foram abatidos de pagamentos devidos pela Petrobras à SBM em decorrência de contratos vigentes de afretamento de plataformas e prestação de serviços. Excetuados os valores ressarcidos nesse último trimestre, aproximadamente R$ 1,1 bilhão já foram devolvidos pela SBM à Petrobras em decorrência da celebração do acordo.